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𝐌𝐢𝐧𝐢𝐬𝐭𝐫𝐚 𝐉𝐨𝐚𝐧𝐚 𝐑𝐨𝐬𝐚 𝐩𝐫𝐞𝐬𝐢𝐝𝐞 𝐚𝐛𝐞𝐫𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐞𝐯𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐚 𝐜𝐞𝐥𝐞𝐛𝐫𝐚çã𝐨 𝐝𝐨 𝐝𝐢𝐚 𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥 𝐝𝐚𝐬 𝐦𝐮𝐥𝐡𝐞𝐫𝐞𝐬 𝐧𝐚 𝐝𝐢𝐩𝐥𝐨𝐦𝐚𝐜𝐢𝐚

Joana Rosa, afirmou na sua intervenção, que a condição e papel da mulher na sociedade, quer no seio da família, quer em ambiente laboral, não tem sido, ao longo dos tempos, devidamente equacionada ou valorizada, salientando que do seu enorme e insubstituível contributo para a promoção, desenvolvimento e proteção da família, enquanto célula-base da sociedade, bem como o seu grande contributo como trabalhadora nas mais diversas funções, dentro e fora de casa, historicamente não tem recebido, a atenção e o reconhecimento devidos, traduzidos no tratamento igual àquele que usualmente é dado ao seu companheiro ou parceiro, ou ao seu colega de profissão.

A governante, que falava aos jornalistas no final da abertura da conferência sobre “o papel da mulher na diplomacia: Desafios e oportunidades”, no âmbito do Dia Internacional das Mulheres na Diplomacia, sublinhou que é preciso quebrar esse conceito tradicional de que a mulher enquanto mãe tem que cuidar da casa e da família.

Segundo avançou, Cabo Verde começou a ter mulheres em postos de responsabilidade diplomática, a partir dos anos 90, e tem tido avanços, mas precisa ainda de ter mais mulheres a esse nível porque as mulheres demonstram que são tão capazes quanto os homens.

Neste âmbito, defendeu que é preciso criar condições para que o país possa ter mais mulheres a enveredar-se pela via da diplomática, medida essa, que no seu entender, será um ganho para o país a todos os níveis, mas também na influenciação de políticas públicas e lideranças, não só ao nível nacional, mas também do ponto de vista das representações no exterior.

Na perspetiva da Joana Rosa, é imperativo e urgente quebrar a barreira à volta da incapacidade e capacidade da mulher nas sociedades, reforçando que é preciso lutar para que haja igualdade onde não se deve exigir da mulher duas vezes mais do que é exigido a um homem”, sublinhou a ministra.

Na mesma direção, realçou que a capacidade e o mérito são virtudes que estão presentes nas mulheres e, por mérito, devem ascender aos lugares de liderança ao nível da administração, do poder político, da diplomacia, desde que elas estejam também disponíveis para os desafios do mundo de hoje.