O Primeiro Ministro confessa ter ficado “particularmente satisfeito” com os resultados apresentados esta manhã do Projecto desenvolvido nas ilhas do Sal, Boa Vista, Santiago e Maio”, e entende que, com isso, o Governo está “a criar valor de oferta turística num país arquipelágico como o nosso que, para além de praia e sol, tem montanhas, vales e biodiversidade em todas as ilhas”.
O Primeiro Ministro, Dr. José Ulisses Correia e Silva, entende que o Governo, através do Mistério da Agricultura e Ambiente e o Ministério do Turismo e Transportes devem estender o Projecto Bio-Tur às outras ilhas de Cabo Verde. O Chefe do Governo fez essas declarações durante o encerramento do projecto que aconteceu esta manhã na Praia.
“Este projecto deverá ter continuidade e abrangência para as outras ilhas. Está baseado num bom conceito, foi preciso criar um quadro legal, institucional e o modelo de gestão, e produziu resultados”, disse.
O Primeiro Ministro confessa ter ficado “particularmente satisfeito” com os resultados apresentados esta manhã do Projecto desenvolvido nas ilhas do Sal, Boa Vista, Santiago e Maio”, e entende que, com isso, o Governo está “a criar valor de oferta turística num país arquipelágico como o nosso que, para além de praia e sol, tem montanhas, vales e biodiversidade em todas as ilhas”.
O Projecto Bio-Tur vai ao encontro dos objectivos do Governo de criar destinos que aproveitam e desenvolvem as potencialidades, humanas, culturais, naturais, patrimoniais de cada uma das ilhas para o eco-turismo e o turismo rural. “É o casamento perfeito do valor económico com o valor ambiental em benefício das comunidades”, referiu.
Valoriza os recursos ambientais na criação de recursos económicos e pode integrar-se na cadeia de valor e produção agrícola, pecuária, produtos de pesca nas comunidades piscatórias, artesanato e entretenimento cultural.
“É preciso aumentar escala, para aumentar a produção de efeitos com impacto em oportunidades de empreendedorismo, criação de emprego, saída da pobreza, oferta de serviços que casam com a natureza, com o factor humano e com a cultura”, adiantou ainda o Dr. Ulisses Correia e Silva que aproveitou para chamar a atenção para a importância dos municípios para o sucesso do projecto.
Por isso falou num pacto de sustentabilidade com o objectivo de criar as condições para o Bio-Turismo. “Este tipo de turismo não casa com problema de saneamento e falta de higiene e limpeza”, avisou.
Refira-se que durante 5 anos (2017-2022) o Governo de Cabo Verde, através do Projeto BIO-TUR, implementou duas importantes medidas: 1.º Integrar a conservação da biodiversidade no planeamento e nas operações de turismo a nível nacional; e 2.º Expandir e fortalecer a zona costeira e marinha das Áreas Protegidas (AP).
Nesse interregno, com o projeto, o Governo melhorou a representatividade e conectividade do Sistema Nacional de Áreas Protegidas (SNAP) em Cabo Verde por meio de avaliações de biodiversidade marinha das ilhas-alvo e obteve, igualmente, grandes ganhos no domínio da conservação da biodiversidade tendo procurado identificar, desde o inicio da sua implementação, locais com potencialidades para serem declaradas Áreas Protegidas (AP), mais especificamente Áreas Marinhas Protegidas (AMP), que estejam alinhados com as melhores práticas internacionais; que incorporem planeamentos locais, zoneamento, mapeamento, envolvimento da comunidade e o estabelecimento da estrutura institucional e legal.
Foram igualmente elaborados Planos de Ordenamento e Gestão (POG) e Planos de Ecoturismo & Negócios (PEN), para as diferentes áreas protegidas nas 4 ilhas-alvos, nomeadamente: Reservas Naturais (RN) da Baia Murdeira e Rabo de Junco, na ilha do Sal; (3) Rede de Áreas Protegidas da Ilha do Maio [Parque Natural Norte da Ilha do Maio, Paisagem Protegida (PP) Monte Penoso e Monte Branco, PP Barreiro e Figueira; PP Salinas de Porto Inglês; RN Lagoa Cimidor; RN Praia de Morro e a RN Casas Velhas], na ilha do Maio; RN Boa Esperança, RN Ponta de Sol, RN Morro de Areia e Monumento Natural Ilhéu de Sal-Rei, na ilha da Boavista; PN Serra Pico de Antónia e Parque Natural Baía de Inferno e do Monte Angra, na ilha de Santiago.
O Projeto BIO-TUR foi financiado pelo GEF no valor de mais de 3 milhões de dólares.