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Tragédia de Monte Tchota “não deve beliscar as Forcas Armadas”

O Ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, garantiu, terça-feira, 25 de abril, que o Governo cabo-verdiano vai prestar o seu apoio incondicional aos familiares das vitimas da tragédia que aconteceu há um ano na localidade de Monte Tchota, em Rui Vaz, considerando ainda que o ocorrido não deve beliscar a grandeza das Forcas Armadas no país.

Tragédia de Monte Tchota não deve beliscar as Forcas Armadas

Paulo Rocha que falava na cerimónia de homenagens às vítimas que perderam a vida de uma forma trágica no dia 25 de abril de 2016, sublinha que “este lamentável episódio que ora se recorda, insano e refletido, não deve, contudo, beliscar a grandeza da instituição, Forças Armadas, que tudo tem feito para corresponder às ansiedades e expectativas do povo cabo-verdiano”, apelando ao reforço continuo da melhoria das instituições cabo-verdianas, no sentido de fortalecer a coesão nacional.

Várias instituições do país, muitas pessoas vindas de algumas localidades do interior de Santiago, marcaram presença na cerimônia de homenagem às vítimas do fatídico acontecimento ocorrido há um ano no destacamento militar de Monte Tchota, uma cerimónia de Estado cheia de dor e emoção dos familiares, amigos e militares.

Esta homenagem teve início com a celebração da Eucaristia de Sufrágio, na Capela de Rui Vaz, realizada pelo Cardeal D. Arlindo Gomes Furtado, durante a qual participaram militares, familiares das vítimas, dentre as quais as dos civis, e uma grande quantidade de pessoas da comunidade e outras provenientes de várias localidades da ilha de Santiago.

Após a Missa, todos os presentes se deslocaram até ao destacamento militar onde, numa cerimônia presidida pelo ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, que também representou o Governo no acontecimento, foi descerrada uma placa com os nomes das vítimas do trágico acontecimentos de 25 de Abril de 2016. Foram depositadas coroas de flores no memorial de homenagem às vítimas.

O Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Major-general Anildo Morais, recordou o triste episódio, que provocou consternação e dor no país e endereçou palavras de pesar aos familiares e amigos dos oito militares e dos três civis, dois dos quais de nacionalidade espanhola.

Anildo Morais realçou ainda que o momento serviu para serem traçados novos rumos para as Forças Armadas, que o processo decorreu nos termos legais, tendo a justiça sido cumprida e que as instituições afetadas tiraram as lições necessárias.