A segunda edição do CampusÀfrica foi inaugurada nesta segunda-feira, 18, e decorre até o dia 28 deste mês, sob o lema “A ciência ao Serviço do Desenvolvimento Africano”. Vários cientistas em matéria de doenças tropicais de diversos países, como Colômbia, Venezuela e Espanha, participam neste programa, apoiado pela UNESCO.
Cabo Verde que se encontra representado, junto com 50 estudiosos africanos, terá a oportunidade de receber formação especializada e ouvir especialistas no campo das doenças infeciosas.
É perante este público, e com presenças como o Presidente do Governo de Canárias, o do Cabildo de Tenerife, o reitor da Universidade de La Laguna, os codirectores dos CamposÁfrica, que o Primeiro-Ministro reconheceu o especial contributo que o CampusÁfrica e a Universidade de La laguna têm dado ao desenvolvimento do Ensino Superior em Cabo Verde.
O Chefe do Executivo aproveitou do momento para reafirmar o interesse estratégico do Governo de Cabo Verde, em reforçar a cooperação empresarial e cientifica com Canárias, e potenciar juntos à pertença da Macaronésia. No seu discurso, ainda realçou, a estratégia do Governo em investir no capital humano e institucional, afirmando que o principal fator de acumulação do capital intangível é o saber.
“São pessoas que com a sua inteligência, o seu esforço, o seu trabalho, a sua formação e a sua capacidade empreendedora, fazem o desenvolvimento acontecer… Por isso os países menos desenvolvidos têm um grande desafio de se constituírem em sociedades de aprendizagem e em economias do conhecimento, para se inserirem no estonteante mundo competitivo e de mudanças rápidas e impactantes em que vivemos”, considera José Ulisses Correia e Silva, para quem o CampusÁfrica é “louvável” pela finalidade que prossegue – a ciência ao serviço do desenvolvimento africano.
Neste sentido, acrescenta, que a abordagem deste Governo vai no sentido de traçar estratégias com uma visão de longo prazo.
“Ser uma referência mundial no que se refere à qualidade da Democracia e à liberdade, um Estado Moderno, com uma Administração pública desenvolvimentista e instituições fortes e credíveis, um perfil de jovens cabo-verdianos com fortes competências em línguas, ciências, tecnologias e valores humanísticos”, enumerou.
A segunda edição do CampusÀfrica tem como objetivo promover uma reflexão, bem como uma atitude proativa em torno do papel da ciência no desenvolvimento sustentável, numa perspetiva Atlântica e Africana.