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“Temos de saber como preservar e como tratar o conhecimento das riquezas subaquáticas para desenvolver a investigação e os projetos” – Ministro Abraão Vicente

Técnicos nacionais e internacionais, dos países e regiões implicados no programa INTERREG MAC 2014-2020, estiveram reunidos em São Vicente para, durante dois dias (06 e 07 de julho), debruçarem sobre a conservação, valorização e divulgação da história marítima através do património subaquático dos países da Macaronésia (Madeira, Açores, Canárias, Cabo Verde e Senegal).

Técnicos nacionais e internacionais, dos países e regiões implicados no programa INTERREG MAC 2014-2020, estiveram reunidos em São Vicente para, durante dois dias (06 e 07 de julho), debruçarem sobre a conservação, valorização e divulgação da história marítima através do património subaquático dos países da Macaronésia (Madeira, Açores, Canárias, Cabo Verde e Senegal).

No segundo dia, para a abertura do seminário sobre as “Áreas protegidas e património subaquático no contexto do desenvolvimento sustentável”, no âmbito do projeto MARGULLAR2, o Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas e Ministro do Mar, (MCIC/MM) Abraão Vicente, chamou a atenção para a falta de recursos, de financiamento e de apoio para que os pequenos Estados Insulares possam, de facto, realizar investigações mais profundas, retirar artefactos do mar e montar museus que sejam pedagógicos e estruturas de apoio complementar às escolas e universidades.

“Faltam recursos humanos, acesso aos dados acumulados, partilha de informação e tecnologia e investimento forte em meios navais e a multiplicação de bolsas de estudo para a investigação dos nossos quadros nas universidades de referência internacional. Não se faz a partilha de conhecimento, a partir de circulação de quadros só da Europa, dos Estados Unidos de América (EUA) e aqui em Cabo Verde. Faz-se a partilha de conhecimento formando quadros dos nossos países, com nossas capacidades técnicas para que se desenvolva”.

Desta forma, acredita o governante, a Macaronésia desenvolve um papel muito importante, pois os Estados-membros partilham das mesmas inquietações. “Não há desenvolvimento oceânico ou de economia azul que seja sustentável se os próprios pressupostos de financiamento de plataformas como estas, também não partilhem do pressuposto de que há linhas de investigação que só nos interessam a nós como pequenos estados insulares ou grandes estados oceânicos. E é nesta perspetiva também que a macaronésia pode dar um contributo”.

Abraão Vicente recordou, ainda, que Cabo Verde é 99,3% mar, por isso, o seu maior desafio é planificar o território marítimo como se fosse o território terrestre.

“Valorizá-lo, promover o seu desenvolvimento sustentável e fazer com que a economia não seja de facto um antagonista do desenvolvimento e da preservação ecológica, tendo como diferencial saber como preservar e tratar o conhecimento das riquezas subaquáticas para desenvolver a investigação e os projetos.