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Sócrates elogia José Maria Neves

 

"Sr. Primeiro Ministro, é um prazer e uma honra trabalhar consigo e com os seus ministros", repetiu por duas ou três vezes, José Sócrates, que fez questão de referenciar a boa governação feita pelo actual executivo cabo-verdiano.

jantar-s-jmn1Para Sócrates, Cabo Verde é um "caso de sucesso" ímpar em África, um exemplo de Democracia e de Estado de Direito, tanto em África como no Mundo, pelo que essa nova etapa na relação entre os dois Governos mais não é do que um tributo, uma homenagem ao sucesso alcançado pela gestão de José Maria Neves.

Honra estendida às várias gerações de políticos cabo-verdianos, que segundo o Chefe do Governo português, sempre souberam escolher as prioridades do país, sendo que todos os Executivos das Ilhas tiveram como prioridade máxima a "educação do seu povo, o conhecimento".

Para Sócrates, Cabo Verde investiu como poucos nessa área e é por isso que conseguiu o sucesso de ser hoje considerado País de Rendimento Médio, de ser um país em ascensão, que goza de grande prestígio e consideração da comunidade internacional.

Sócrates, também, não deixou de sublinhar a comunhão de pontos de vista entre os dois governos, sintonia essa que se manifesta na sua política internacional, por exemplo, onde ambos possuem uma visão clara da importância das relações transatlânticas para os contínuos sucessos dos seus países. Porque é importante, diz, "relacionar com o Norte e com o Sul, com os Estados Unidos e com o Brasil, com a Europa e com a África".

jantars-jmn2Antes deste, falou José Maria Neves, que traçou um pequeno perfil dos ganhos conseguidos pelo seu Executivo, como a inserção na Organização Mundial do Comércio, a Parceria Especial com a União Europeia, a ascensão a País de Rendimento Médio. Neves frisou, ainda, os ganhos sociais conseguidos, sendo que Cabo Verde "é um dos poucos países do mundo a conseguir reduzir a pobreza pela metade em menos de 20 anos".

Este, também, cita para além dos ganhos, os desafios que ainda o País tem pela frente, como reduzir, ainda mais, a taxa de pobreza e conseguir debelar a crise internacional, como Cabo Verde tem conseguido até agora, sempre buscando a melhoria das condições de vida dos ilhéus. Conseguir uma taxa de penetração das energias renováveis em 50% até 2015, garantir 95% de cobertura eléctrica nesta legislatura e 100% até 2015, são algumas das outras metas referidas. 

O Chefe do Executivo cabo-verdiano fez questão de reafirmar as Boas Vindas ao seu homólogo português, os laços de amizade entre as duas nações, e o firme compromisso de Cabo Verde de manter uma boa política de vizinhança com os países da costa Oeste africana, mas também com o Brasil, e outros.

JMN realça, em relação a Portugal, que Cabo Verde está aberto para relações comerciais nos vários níveis e que este pode ser uma porta dos empresários portugueses para o continente africano e mesmo para outras paragens do mundo.