O incêndio de grandes proporções que deflagrou na zona de Serra Malagueta já foi controlado, anunciou esta manhã de terça-feira, o Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros (SNPCB) que descreve a luta contra o incêndio, a evolução da informação avançada pelas autoridades e o planeamento do combate contra o fogo. O incêndio, depois de intenso e interrupto combate pela população, Forças Armadas, Policia Nacional e Cruz Vermelha, ficou dominado terça-feira, às 19 horas, ao fim de mais de 56 horas.
O incêndio de grandes proporções que deflagrou na zona de Serra Malagueta já foi controlado, anunciou esta manhã de terça-feira, o Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros (SNPCB) que descreve a luta contra o incêndio, a evolução da informação avançada pelas autoridades e o planeamento do combate contra o fogo. O incêndio, depois de intenso e interrupto combate pela população, Forças Armadas, Policia Nacional e Cruz Vermelha, ficou dominado terça-feira, às 19 horas, ao fim de mais de 56 horas.
O alerta da ocorrência de Serra Malagueta foi dado pelas 10:30 e, meia hora depois, duas equipas do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros e a população local, já estavam no terreno a fazer frente aos primeiros combates do fogo, disse em conferência de imprensa, o Comandante Regional do SNPCB para a Região de Santiago Norte, Amaro Varela, ao fazer o balanço e ponto de situação do incêndio que deflagrou no passado dia 01 de abril. Mesmo sendo de dia, em Serra Malagueta, via-se o fumo do incêndio a cobrir completamente o céu.
289 operacionais e 50 veículos para combater o fogo
No terreno a combater o fogo estavam, segundo o comandante do SNPCB, 289 operacionais constituída por uma vasta equipa de bombeiros de toda a ilha de Santiago, incluindo apoios da Proteção Civil, Forças Armadas, Policia Nacional e Cruz Vermelha, para além do engajamento das instituições que trabalharam arduamente e o envolvimento de toda a população. O combate ao incêndio contou também com 50 veículos para combater o fogo, sendo dois de categoria pesada, 4 ligeiros e outros restantes de apoio.
O SNPCB informou que o incêndio afetou as localidades de Serra Malagueta, Fundura, Figueira das Naus e Achada Longueira e lamenta a triste notícia relacionada com a perda de vidas humanas decorrente do acidente de viação que vitimou os 8 militares e um civil que era funcionário do Parque Natural.
“Durante a operação evacuamos 11 famílias, sendo 10 da localidade de Figueira das Naus e uma de Serra Malagueta por uma questão de precaução porque o fogo estava a aproximar-se das suas habitações”, disse.
No balanço da situação, o responsável do SNPCB, sem avançar concretamente os pormenores, revelou que a área estimada de 200 hectares de terreno foi perdida. Contudo, notou, esta estimativa está a ser trabalhada em conjunto com o Ministério de Agricultura e Ambiente e com o Instituto nacional de Gestão do Território para fazer um inventário em termos de danos e perdas.
“Nos próximos dias vamos fazer a inventariação de danos para obtermos todos os detalhes em termos das habitações que ficaram destruídos, animais que perderam ou morreram e de toda a população que ficou afetada. Temos meios, temos os operacionais, agentes de proteção civil preparados e estamos engajados e a trabalhar de uma forma muito rápido”.
Constrangimentos e prevenção
Face aos constrangimentos existentes na zona onde deflagrou o fogo por ser uma área cujo perímetro do Parque Natural e áreas circundantes é de difícil acesso, o SNPCB informou que “se tivéssemos acessibilidades que nos permitia chegar com os meios, nomeadamente os veículos, para fazer o combate ao incêndio porque, pela horografia do espaço a maior parte do combate, foi possível através de cortes e descontinuidade do material combustível e abafamento”.
O acesso, conforme afirmou, é difícil e não “nos permitia chegar o mais próximo do local onde queríamos fazer o combate que foi possível, através da água que permite fazer o arrefecimento de terrenos e os combustíveis no local”.
Além de acessibilidades, segundo Amaro Varela, é preciso trabalhar também na prevenção e na limpeza de florestas, mas também na capacitação e sensibilização das comunidades para terem conhecimento e técnica para, quando for detetado o fogo, fazer o combate inicial até à chegada de operacionais e meios.
O responsável do SNPCB apelou também o reforço na formação dos próprios operacionais em matéria de combate ao incêndio rural e florestal e outros incidentes que eventualmente podem ocorrer no decorrer da situação.