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São Miguel vai ter Central Solar Fotovoltaica de 10 MW no próximo ano

A assinatura do contrato para a implementação, construção e exploração da Central Solar Fotovoltaico de 10MW em Calheta de São Miguel aconteceu esta terça-feira, 4, naquele município, entre o Governo de Cabo Verde e a empresa Tâmega Energy S.A. O Primeiro-Ministro considera ser um momento “marcante para S. Miguel, para Santiago Norte e para Cabo Verde”, porque “significa uma contribuição importante para o aumento da produção de energia renovável e para execução do plano de transição energética”.

A assinatura do contrato para a implementação, construção e exploração da Central Solar Fotovoltaico de 10MW em Calheta de São Miguel aconteceu esta terça-feira, 4, naquele município, entre o Governo de Cabo Verde e a empresa Tâmega Energy S.A. O Primeiro-Ministro considera ser um momento “marcante para S. Miguel, para Santiago Norte e para Cabo Verde”, porque “significa uma contribuição importante para o aumento da produção de energia renovável e para execução do plano de transição energética”.

Ulisses Correia e Silva aproveitou o momento para falar do impacto que a montagem desta Central irá ter para Santiago Norte principalmente na “dinamização do emprego”, quer na fase de construção e instalação quer na fase de operação e manutenção irá atrair cerca de cem postos de trabalho. Por outro lado, avança o Primeiro-Ministro, marca o arranque de uma nova geração de Produção de Energia Renovável em Cabo Verde, “através de processo de contratação competitiva, com investimento 100% privado e preço de fornecimento de energia inferior ao custo de produção térmica e muito inferior ao do contrato em vigor, com a mesma natureza, estabelecido no passado”.

A assinatura deste contrato enquadra-se na forte aposta do Executivo nas Energias Renováveis. Em 2018, a produção térmica reduziu em 3% e a produção global de energia renovável, solar e eólica, aumentou 20%.

O plano é alcançar 30% de penetração das energias renováveis até 2025 e ultrapassar 50% em 2030. Até 2030, serão investidos em Cabo Verde 250 MW (megawatt) na capacidade de produção renovável, cerca de 8 vezes a capacidade instalada atual. Por esta razão, o Chefe do Governo sublinhou estar-se “a dar um passo importante no percurso que traçamos”.

Na mesma linha, avançou Correia e Silva, dois outros projetos estão em fase de apresentação de propostas de 10 MW (megawatt) eólica em São Domingos e 5 MW (megawatt) solar na Boa Vista.

“Todos estes projetos em curso irão aumentar a nossa capacidade de produção renovável em cerca de 75%”, anotou o Primeiro-Ministro, garantindo que “nos próximos anos, vai se acelerar a produção de energias renováveis, contando com forte envolvimento do sector privado”.

Incentivos para a promoção da massificação da microprodução de energias renováveis foram criados. Para além dos benefícios fiscais, com o OE 2019, as famílias, as micro e pequenas empresas beneficiam de bonificação de taxa de juro em 50% em empréstimos destinados a investimentos na microprodução de energia renovável. Ao mesmo tempo, o Governo está a investir na formação profissional, desenvolvimento de competências e empreendedorismo no setor das energias renováveis através do aumento do número de ações de formação, do número de beneficiários e de subsidiação no CERMI.

Do mesmo modo, o Primeiro-Ministro disse que o Governo está a investir e a criar condições técnicas e económicas para que todos tenham acesso ao serviço de eletricidade.

“A meta é alcançar uma taxa de cobertura de 100% em 2020.  Em 2017 e 2018, investimos 423 mil contos em eletrificação de várias localidades rurais, entre as quais 230 mil contos em Santiago, incluindo S. Miguel, em Garçote e Cutelo Gomes”, afirmou Ulisses Correia e Silva, reiterando que com a tarifa social de eletricidade, “pretende-se reduzir 30% na factura de 23.000 famílias mais pobres”. O que se quer, disse o Primeiro-ministro, é “mais energia, mais energia renovável e oportunidade para todos, é o futuro que estamos a construir”.