O Primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, avançou, no âmbito da visita que concretizou à ilha do Sal, nos dias 30 e 31, com um conjunto de investimentos estruturantes para a ilha, com vista a um turismo inclusivo para os próximos tempos, com valor acrescentado e incidência na economia local.
Para o chefe do Executivo, as perspetivas de crescimento são boas, mas há a necessidade, por um lado, de criar condições em vários setores, como a agricultura e a pesca, adaptando-os ao mercado turístico, e por outro lado, fazer algumas correções, nomeadamente, de reabilitação e requalificação das cidades, de saneamento, segurança, e outros, de modo que o turismo seja mais inclusivo e com maior sustentabilidade, casando o mercado dos hotéis com a oferta urbana.
“Estamos preocupados em garantir a coesão territorial e social na ilha do Sal, dando uma atenção especial aos bairros degradados e resolvendo questões prementes como a água e a energia”, disse, avançando que, buscando este desiderato, o governo aprovou o Projeto de Requalificação dos assentos informais nos bairros de Alto São João, Alto Santa Cruz e Terra Boa, que vai beneficiar cerca de 655 famílias e eliminar eventuais focos de tensão social.
Em relação à água, um dos principais constrangimentos da ilha, Ulisses Correia e Silva, garante que, no primeiro trimestre de 2018, os investimentos em curso estarão concluídos, com uma capacidade de produção de 10 mil m3 por dia. Já para o setor de energia, acrescentou que, no próximo mês de julho, o governo estará implementando um programa de emergência que prevê um aumento de 30% em relação à produção atual, e que dentro de 18 meses, o Sal terá um projeto mais estruturante que passará a produzir 14 megawatts.
Ainda para a ilha do Sal, conforme Correia e Silva, estarão prontos outros importantes investimentos, nomeadamente no Porto de Palmeira, previstos para terminar em julho, e com impacto direto sobre a economia local.
“Quando o Porto de Palmeira começar a receber barcos com outras capacidades de contentorização, vai permitir mais capacidade de carga e redução de custos por contentor e nos produtos que se comercializa na ilha do Sal”, anotou.
O Chefe do Governo reuniu-se ainda com o Conselho de Administração da ASA, reafirmando o forte compromisso do governo em fazer com que a ilha do Sal se transforme no Centro da instalação do negócio do Hub aéreo.
“Através de um bom parceiro que estamos a negociar, queremos que o Sal seja uma plataforma de tráfego aéreo, em que o próprio aeroporto passa a ser um grande centro de ofertas de serviços aeroportuários, a funcionar como um Hub aéreo e comercial” perspetivou o primeiro-ministro, demonstrando que toda a estratégia da privatização da TACV está virada para isso.
O Primeiro-ministro, que esteve acompanhado da Ministra das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação, Eunice Silva, nesta visita à ilha do Sal, inaugurou o troço de estrada que liga Santa Maria à Vila Verde.
Foram cerca de 3.1 quilômetros de estrada, com quatro faixas de rodagem e uma ciclovia, num investimento no valor de 200 mil contos.
A visita ao Sal, que terminou esta quarta-feira, 31, enquadra-se na sequência de um conjunto de visitas aos municípios do país, com vista a uma governação de proximidade, focado em desenvolver políticas públicas para o desenvolvimento das ilhas, de forma equilibrada e de acordo com a especificidade de cada uma.