O Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, presidiu o ato de assinatura de consignação e descerramento da placa que marca o arranque das obras, há muito desejada, e que irá devolver ao espaço “antes campo da morte lenta”, “depósito dos opositores da colónia”, “prisão dos idealizadores que sonharam com uma pátria livre”, a autenticidade do sítio histórico e de memória.
Está dado mais um passo para a reabilitação do Ex-Campo de Tarrafal de Santiago ou, ainda, Museu de Resistência, em Chão Bom, ilha de Santiago.
O Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, presidiu o ato de assinatura de consignação e descerramento da placa que marca o arranque das obras, há muito desejada, e que irá devolver ao espaço “antes campo da morte lenta”, “depósito dos opositores da colónia”, “prisão dos idealizadores que sonharam com uma pátria livre”, a autenticidade do sítio histórico e de memória.
“Queremos transformar o Ex-Campo de Concentração de Tarrafal de Santiago num grande centro nacional de diálogo pela paz”, disse o Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente.
Todo o trabalho que está a ser desenvolvido à volta deste espaço que “guarda uma memória dolorosa”, prepara-o para um outro objetivo que é a candidatura a Património da Humanidade (junto com Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal) “porque partilhamos valores, momentos, sentimentos que são inerentes a toda a humanidade”, acrescentou o governante.
“A seguir vamos lançar o projeto museológico, orçado em 22 mil contos. Tudo isto vai estar intimamente ligado ao dossier da candidatura que vamos entregar na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO)”.
A reabilitação do Ex-Campo de Concentração de Tarrafal de Santiago acontece no quadro do IV eixo da Reabilitação de Património Histórico, Cultural e Religioso, no âmbito do Programa de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidade – PRRA, levada a cabo pelo Governo da IX Legislatura, através do Ministério das Infraestruturas, do Ordenamento do Território e Habitação. Tem como propósito trabalhar na preservação e salvaguarda de todo o património cultural, histórico e religioso cabo-verdiano, com o processo liderado pelo MCIC, através do Instituto do Património Cultural.
A requalificação está orçada em vinte e três milhões de escudos cabo-verdianos. Tem todas as condições de ser transformado num espaço de memória e, o investimento que será empregado neste concelho, vai também alcançar os habitantes, os tarrafalenses e todos os cabo-verdianos.
O ato contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal do Tarrafal, José Pedro Nunes Soares, e do Presidente do Património Cultura (IPC), Jair Fernandes.
