O primeiro-ministro encerrou esta terça-feira, 19, uma visita de dois dias à ilha da Boa Vista, em que se fez acompanhar de uma equipa ministerial composta pelo Ministro do Estado, Fernando Elísio Freire, o Ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, o Ministro do Turismo e Transportes, José da Silva Gonçalves e a Ministra das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação, Eunice Silva. Depois de inteirar-se do andamento de várias obras em curso e visitado alguns povoados, o primeiro-ministro faz um balanço “extremamente” positivo da sua estada na ilha, tendo constatado uma “boa dinâmica económica”, mormente no setor do turismo.
“Mais investimentos irão acontecer brevemente e nós estamos fortemente engajados na nossa responsabilidade enquanto gestores de políticas públicas em Cabo Verde, e particularmente na Boa Vista, no sentido que resolvermos os grandes problemas candentes da habitação, especialmente na zona da Boa Esperança”, afiançou o primeiro-ministro, lembrando que esta zona já está contemplado com um programa “em bom andamento”, e que o trabalho agora é acautelar-se relativamente ao futuro em termos de habitação.
“Queremos que cada investimento ou novo hotel a ser construído seja acompanhando de condições de habitabilidade ou de ofertas de habitação para as pessoas que virão das outras ilhas e de países para trabalhar na Boa Vista”, indicou Ulisses Correia e Silva, sublinhando que não se vai reproduzir o nível de problemas que se tem hoje. Essa agenda, segundo disse, está estabelecida com a Câmara Municipal no sentido, também, de se melhorar o nível de saneamento, apoiar nas melhores soluções da recolha e tratamento dos residios sólidos, organizar a cidade, requalificá-la e transformar Sal Rei numa cidade mais atrativa e num chamariz dos turistas dos hotéis.
O primeiro-ministro reiterou que da agenda de trabalho, a prioridade é atacar alguns aspetos muito importantes na qualidade de vida dos boavistenses e na qualidade do turismo na ilha. Pelo que disse empenhado em resolvê-los, da mesma forma que, está na agenda a proteção das dunas, a problemática do ambiente e da agricultura.
“Estamos a aplicar cerca de 1 milhão de contos na zona da Boa Esperança, financiado pelo Fundo do Turismo, que no fundo é devolver à comunidade aquilo que é a contribuição dos turistas na ilha da Boa Vista, criando novos assentamentos, arruamentos e permitir que haja ligações quer de água, quer de rede de esgotos, de telecomunicações e energia, para que as pessoas que vivem nesta zona possam se sentir melhor integradas no desenvolvimento turístico da ilha” sustentou.
Em relação à zona agrícola, João Galego, o Chefe do governo avançou que o apoio vai no sentido fazer mais furos e equipar os existentes, com o objetivo de resolver a situação da falta de água, quer através de furos quer da dessalinização da água salobra. Para o primeiro-ministro, os jovens que praticam a agricultura nesta região estarão em melhores condições de o fazer, porque o governo vai apoiar todos aqueles com capacidade de empreender na área da agricultura e pecuária.
