“A retoma deve ser fazer de uma forma progressiva, com segurança e confiança. Temos responsabilidades e preocupações comuns, no emprego, rendimento, atividade económica, e isso não acontece se não existir empresas, empreendedores e investimentos”, disse Ulisses Correia e Silva, avançando, entretanto, que o importante agora é “ganhar a confiança dos clientes, do mercado e reativar as atividades”.
O Primeiro-ministro, acompanhado do Vice-primeiro-Ministro e Ministro das Finanças, Olavo Correia, do Ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, e do Ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro, esteve reunido, na sexta-feira, 5, com operadores do setor da restauração, para falar sobre os incentivos previstos no Plano de Desconfinamento que permite ao setor as adaptações necessárias para a proteção e segurança sanitárias, assim como auscultar os empresários na definição das fases de estabilização e relançamento das atividades económicas.
“A retoma deve ser fazer de uma forma progressiva, com segurança e confiança. Temos responsabilidades e preocupações comuns, no emprego, rendimento, atividade económica, e isso não acontece se não existir empresas, empreendedores e investimentos”, disse Ulisses Correia e Silva, avançando, entretanto, que o importante agora é “ganhar a confiança dos clientes, do mercado e reativar as atividades”.
“Recentemente, aprovamos o plano de desconfinamento que vai exigir um conjunto de normas de proteção e segurança sanitárias, como são o distanciamento físico, a arrumação das mesas, higienização, uso de máscaras, etc.” De acordo com o Primeiro-ministro, são medidas que se justificam por vários motivos: primeiro, porque ainda há casos positivos de COVID-19 em algumas ilhas, segundo, mesmo não havendo casos é melhor prevenir e precaver, e terceiro, uma vez que se lida com clientes é preciso protegê-los, assim como a própria atividade.
Estamos a trabalhar com mercados externos e internos, em todas as ilhas, temos o fenómeno do turismo que vai retomar e as exigências serão diferentes a nível sanitário. Pelo que Ulisses Correia e Silva reafirma o firme propósito de posicionar Cabo Verde como um destino com alto nível de segurança sanitária. “Será prioridade nos próximos temos, a saúde pública, a segurança sanitária, porque sem isso teremos dificuldade em fazer a retoma da atividade económica e do turismo, particularmente. Quem chegar ao país tem de se sentir confortável à chegada, durante a estadia, e à partida do país”.
Por isso mesmo, o Chefe do Governo explicou que a ideia da criação das normas é introduzir mais segurança e proteção e melhores condições na gestão das atividades de restauração. A resolução que aprova o Plano de Desconfinamento e prevê um conjunto de incentivos, vai no sentido de ajudar esses operadores a adaptarem-se às exigências de proteção e segurança que terão custos associados.
Aliás, o Primeiro-ministro reconheceu os serviços de restauração como sendo fortemente atingidos. “Todas as atividades que têm uma ligação direta com o público, ficaram por maioria da razão, constrangidas e a nova normalidade vai ser diferente”. Ulisses Correia e Silva lembrou as várias fases que já passou o país, nomeadamente o Estado de Emergência com encerramento de atividades, quer das empresas públicas e privadas, quer dos serviços, da saída do EE em que os serviços de restauração ficaram com restrição de funcionamento até às 21 horas, e por fim, com o desconfinamento. “Tendo em conta o quadro de disrupção do funcionamento económico, social e também sanitário, medidas foram adotadas para proteger e mitigar os efeitos, de proteção ao emprego e às empresas, o layoff, flexibilização do subsídio de desemprego, crédito de apoio à liquidez, medidas fiscais e moratórias. Sempre na perspetiva de evitar o colapso e fazer com quem o emprego e a atividade se mantenham dentro de um quadro fortemente restritivo e de crise”, afirmou.