Os Membros do Governo reuniram-se neste sábado, 25, no retiro organizado para discutir o processo de integração dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) na Planificação Nacional.
Esta iniciativa tem o objectivo de manter e aprofundar a dinâmica da divulgação e integração dos ODS nos documentos estratégicos nacionais e nos processos de planificação, em prol da eficácia e otimização das estratégias de desenvolvimento do país.
Segundo o Primeiro-Ministro, o Programa do Governo encontra-se em consonância com os ODS, pois todo o programa foi desenvolvido, para uma total conciliação entre as metodologias.
«Um governo pequeno, que permite com que todos estejam na linha horizontal das informações, independentemente dos sectores», pois, acredita que o que acontece na justiça interessa a economia, aquilo que concerne a segurança interessa a parte social que por sua vez influência a economia.
O objetivo é governar de forma interligada, partilhada e com a máxima coordenação e eficiência, pois, o que se pretende é ter uma abordagem integrada para resultados, reitera o Chefe do Governo.
«Nós queremos ser muito pragmáticos. O tempo conta , não só na vida dos governos, mas, essencialmente, na vida das pessoas. Por isso, é fundamental, e exige, que estejamos mais próximos possíveis daquilo que definimos como programas, metodologias e resultados».
O Governo está numa total convergência daquilo que é a territorialização dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, avança Ulisses Correia e Silva.
«Temos dez ilhas, e é necessário definir como é que os objetivos, os projetos e ações vão se concretizar em cada ilha, concelho, localidades e principalmente nas famílias», observa.
Revisão do Sistema Estatístico
O Primeiro-Ministro chama a atenção para os valores estatísticos, que no seu entender, muito «atraiçoam», particularmente em Cabo Verde, a fragmentação natural das ilhas.
«Podemos estar a provocar desequilíbrios muito grandes, espaciais e sociais. Pretendemos rever todo o Sistema Estatístico Nacional. Nos sabemos a posteriori, e as vezes com tempo desfasado, por exemplo, o nível de rendimento médio em Santo Antão e São vicente, nível de incidência da pobreza, indicadores de saúde e da educação, mas, não existe comprometimento, relativamente as metas, para se saber como agir»
É neste contexto que garante reverter o sistema estatístico, pois, muitas vezes existem mais constatação de resultados do que elementos que permitam agir e definir programas e políticas, para se obter os resultados que se pretendem.
Ainda no que diz respeito aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), o Primeiro-Ministro realçou o facto de ser um compromisso com à Nação.
«São matérias que têm de envolver diversas parcerias, designadamente o Governo, os Municípios, os Governos Regionais quando tivermos, as Organizações da Sociedade Civil, as diversas estruturas e os atores que atuam nas diversas áreas», explica.
Para o Chefe do Governo, são objetivos partilhados, sob a liderança do governo, pois, vão desde a irradicação da pobreza, à uma educação inclusiva e de qualidade, passando pelo acesso à saúde de forma generalizada, à promoção do crescimento económico inclusivo.
O retiro do ODS reuniu numa mesa redonda, Membros e Técnicos do Governo, a representante, Ulrika Richardson, e os técnicos do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, e entre outros, representantes de organizações internacionais, nomeadamente o Diretor do Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, do Brasil.