Foi o reafirmar de um compromisso já assumido pelo Primeiro-ministro, José Ulisses Correia e Silva e presente no seu programa de governação, em que São Vicente pode vir a acolher o projecto-piloto de regionalização. O que se pretende, de acordo com o Chefe do Executivo, é dotar a ilha de São Vicente de um “governo regional” com competências administrativas, de forma que se tenha condições para atuar em setores da economia, saúde, educação, cultura e outros.
A ideia, conforme José Ulisses Correia e Silva, é que São Vicente se transforme num espaço com potencial de criar riquezas, empregos e rendimentos, aproveitando todas as potencialidades. “Muitas das competências do governo central podem ser delegadas para a ilha”, destaca o Primeiro-ministro.
José Ulisses Correia e Silva falava na sexta-feira, em São Vicente, durante uma conversa aberta, que durou quase cinco horas, e que serviu para auscultar empresários e associados da Câmara de Comércio do Barlavento. Acompanhado pelo ministro da Economia e Emprego, José Gonçalves, o Primeiro-ministro garantiu resolver os problemas mais candentes do setor privado da Região Norte, nomeadamente em relação à fiscalidade, burocracias administrativas, financiamento e regulação.
Tanto é que o primeiro-ministro diz que vai governar com sentido estratégico, visão e políticas para resolver problemas. “Nós já estamos a trabalhar com uma agenda até Dezembro, para dar respostas, designadamente na revisão do Código do Imposto Único de Rendimento de Pessoas Coletivas e Singulares, na clarificação de algumas normas que prejudiquem o funcionamento das empresas, e fazer, em parceria com as Câmaras de Comércio, uma reforma daquilo que foi a última revisão da fiscalidade do último governo”, informa.
