Ulisses Correia e Silva falava sobre oportunidades de emprego por via do empreendedorismo jovem, ao lado da Ministra da Juventude do Ruanda, Rosemary Mbabazi do filantropo Tony Elumelu da Fundação Tony Elumelu, e do Diretor do Centro Regional do PNUD, Lamin Manneh
“Enquanto Governo, temos o desafio de criar as condições para o emprego e o empreendedorismo, no sentido de dar um futuro melhor à juventude e à altura das suas necessidades e ambições. Mas, em contrapartida, queremos que os nossos jovens sejam agentes ativos na procura de soluções, respostas e de iniciativas. Que encaram o desenvolvimento do país como um desafio deles também”. São palavras do Chefe do Governo, esta manhã, no painel “Juventude Africana: Perspetivas e oportunidades”, durante o I Fórum Nacional da Juventude que decorre em Mindelo.
De acordo com o Primeiro Ministro, um dos maiores desafios do país é garantir condições de futuro aos jovens. Ulisses Correia e Silva defende que depois de terminar os estudos, os jovens almejam ter uma atividade ou um emprego. “O nosso melhor investimento é responder esta expectativa”, apontou, sublinhado que em Cabo Verde há 62 mil jovens ou fora do sistema educativo, ou sem formação, ou sem emprego.
Portanto, “o nosso foco é esse e as respostas têm sido construídas para o acesso e massificação da educação de qualidade, à formação profissional e ao desenvolvimento de competências para a empregabilidade e acesso ao emprego. No ano letivo 2020-2021, teremos a completa gratuitidade do acesso ao ensino básico e secundário. O Governo subsidia entre 60 a 80% dos custos de acesso à Formação Profissional. São 5 mil ofertas por ano e mais 5 mil ofertas em Estágios Profissionais”. Com essas políticas, num espaço de 10 anos, teremos menos jovens a engrossar o perfil dos 62 mil jovens que se encontram nessa situação.
A outra via é o empreendedorismo, acrescentou Ulisses Correia e Silva que falava no painel ao lado da Ministra da Juventude do Ruanda, Rosemary Mbabazi, do filantropo Tony Elumelu, da Fundação Tony Elumelu, e do Diretor do Centro Regional do PNUD, Lamin Manneh.
“Há muitas oportunidades para o empreendedorismo”, continua o PM, sabendo de antemão que nem todos os jovens serão empreendedores e estarão disponíveis para criar empresas, “mas o máximo que seguir esta via é bom”. “Temos políticas ativas para facilitar esse empreendedorismo, através de linhas de crédito, cujo aumento em 2020 será de 50 milhões de dólares, bem como condições favoráveis para as startups, bonificação de taxa de juros, isenções ficais, e um conjunto de incentivos muitos favoráveis ao empreendedorismo”, acrescentou, voltando a reafirmar que “o Governo vai apoiar, assim como apoiará através da formação profissional aqueles que optarem por trabalhar por conta de outrem”.
“O importante é a atitude. A nossa predisposição em mudar o estado da situação é essencial. Sejamos perseverantes e positivos”, insistiu o Primeiro Ministro.
O I Fórum Nacional da Juventude decorre até sábado na cidade do Mindelo, está dividido em cinco painéis, e conta com a participarão de cerca de 150 adolescentes e jovens de ambos os sexos e de todas as ilhas do país e da diáspora.