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Primeiro-Ministro apela a “boas energias” para São Vicente

O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, presidiu neste domingo, a cerimónia de inauguração do acesso norte do Porto Grande, em clima de festa e celebração do 5 de Julho e aproveitou a ocasião para apelar aos sanvicentinos a se juntarem numa corrente positiva para que se possa atingir todo o potencial de desenvolvimento da Ilha. Sobre a obra ora inaugurada, diz, é mais um passo firme para a afirmação do «Cluster do Mar».

Debaixo de um sol abrasador, muitos sanvicentinos fizeram questão de honrar mais um importante momento para a ilha, tratando-se de uma infra-estrutura, como referiu o Presidente do Conselho de Administração da ENAPOR, Franklin Spencer, de estratégica importância para a ilha de São Vicente, estando o projecto integrado na visão maior e abrangente do «Cluster do Mar».

Este é mais um passo firme na implementação e consolidação do referido «cluster» e que tem no seu epicentro, precisamente, a ilha do Monte Cara e mais, importante os efeitos positivos desta infra-estrutura já se fazem sentir, como salientou Spencer, entre os quais na melhoria dos serviços, tanto no que concerne à produtividade e custos, como no acesso ao Porto Grande, com efeito claro na economia local e nacional.

Outro impacto desta obra está à vista de todos e que é no próprio ordenamento do território naquela parte nobre da baía do Porto Grande que é seguro dizer, está com outra pinta. “Parece o Leblon”, brincou o Primeiro-Ministro, José Maria Neves. E não é só em termos do embelezamento daquela parte da baía, mas também “libertando os espaços na zona sul do armazéns atuais para o projecto imobiliário, criando uma zona de actividades e serviços complementares aos serviços portuários, gerando emprego, riqueza e nova qualidade urbana em Mindelo”, sublinha o PCA da ENAPOR.

Também o Presidente da Câmara de São Vicente, Augusto Neves, realça a “grandeza” desta obra que diz homenagear a “todos aqueles” que fizeram parte do processo da luta que culminou no 5 de Julho de 1975, a Independência de Cabo Verde, em particular os de São Vicente.

Na ocasião, o Primeiro-Ministro aproveitou para apelar a uma corrente positiva “por São Vicente e para São Vicente, afirmando a sua convicção e crença no potencial desta ilha e nas capacidade das suas gentes, aliado ao Governo e poder local para vencer esta batalha do desenvolvimento.

Nisso, Neves refere alguns projectos em curso, por parte do Governo e de iniciativas privadas, nomeadamente o projecto de expansão da Frescomar e outras iniciativas no sector pesqueiro e que prevê a criação de pelo menos 15 mil postos de trabalho, assim como as obras do complexo de frio do Porto Grande, em fase de conclusão, o aumento gradual e constante do sector turístico de cruzeiro, assinalando-se aqui o projecto do terminal de Cruzeiro e que «faz parte do Plano Diretor do Porto Grande, sendo que o Governo está no momento à procura de financiamento para a sua materialização.

Outro projecto, para breve e cujos fundos já foram identificados, é a Aldeia da Cultura, disse em, primeira mão, José Maria Neves, exemplos, assim como pôde conferir nos vários encontros com empresas e a Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços de Barlavento as perspectivas interessantes e optimistas de captação de novos investimentos e de sinais de alguma retoma já da actividade industrial e comercial na ilha e na região de Barlavento.  

José Maria Neves enaltece ainda o 5 de Julho e o seu significado para Cabo Verde, e homenageia, mais uma vez a todos aqueles que fizeram parte desta luta e tornaram possível o sonho de um país livre e independente. Neves apela ainda ao espírito de união entre os cabo-verdianos e reforça, mais uma vez a posição do Governo em trazer para São Vicente o acto central das comemorações do Governo dos 39 anos da Independência Nacional, lembrando que foi aqui que se apresentou o primeiro Governo da República e se apresentou ainda o primeiro programa de Governo do Cabo Verde independente.