A governante manifestou-se, por outro lado, confiante em que o reagrupamento, em apenas três valências (zonas costeiras, recursos haliêuticos e conservação) das áreas de intervenção do PRCM irá, no futuro, introduzir maior eficácia na gestão do programa, cuja segunda fase antevê promissor para todos os países participantes.
"Isso vai contribuir, sem dúvida, para o alcance dos objectivos esperados, nomeadamente a boa governação das zonas costeiras e marinhas, o combate à pesca ilegal, a conservação e a valorização dos recursos naturais, a promoção de uma gestão responsável das áreas protegidas e a luta contra a pobreza", preconizou Madalena Neves.
A governante referiu-se igualmente à vertente investigação, cujo reforço foi recomendado pelos participantes no fórum, como um dos elementos centrais da problemática em referência, e lançou um desafio no sentido de todas as instituições da sub-região se juntarem ao projecto em curso de instalação em Cabo Verde, mais concretamente na cidade do Mindelo, de um Centro de Investigação Oceanográfica, como forma de "estimular o envolvimento de especialistas em projectos conjuntos, promover a formação académica e facilitar a produção e a transferência de novos conhecimentos".
A criação da Rede de Áreas Marinhas Protegidas da África Ocidental (RAMPAO), durante o fórum, também mereceu uma referência especial de Madalena Neves, que defendeu, para esse organismo, uma "gestão participada" que conduza à "assunção efectiva do ambiente como um recurso essencial".
Prometendo todo o empenhamento do governo cabo-verdiano para o funcionamento da rede, a Ministra do Ambiente e da Agricultura defendeu que, no imediato, os esforços "devem ser concentrados no reforço do quadro jurídico-institucional e dos mecanismos participativos e na promoção da igualdade e equidade do género", para além da elaboração e implementação de uma "forte política regional de comunicação e educação ambiental".