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Portugal acolhe Iª Mesa Redonda sobre Mapeamento da Diáspora Cabo-verdiana no mundo

A Primeira Mesa Redonda sobre o Mapeamento da Diáspora Cabo-verdiana no mundo realizou no Centro Cultural de Cabo Verde, em Lisboa, no passado sábado, 22 de junho. O evento foi presidido pelo Ministro das Comunidades, Jorge Santos, e contou com a presença do Secretário de Estado das Comunidades de Portugal, José Cesário e Embaixador de Cabo Verde em Portugal, Eurico Monteiro.

O mapeamento terá basicamente três fases: promoção/sensibilização/divulgação (em curso); o inquérito piloto que irá acontecer no terceiro trimestre deste ano, permitindo avaliar e corrigir a metodologia do projeto, e a terceira fase, a recolha de dados, que acontece entre os meses de abril e junho de 2025, que antecede a apresentação do relatório do mapeamento e a disponibilização de uma base dos cabo-verdianos residentes no exterior.

Jorge Santos considerou a atividade de extrema importante, pois que traduz no lançamento oficial desta importante operação estatística que pretende, para além de partilhar com todos os presentes a metodologia que a INE definiu para o mapeamento e abordar um conjunto de temas que direta ou indiretamente estão ligados à nossa Diáspora. Assim face à dimensão e à complexidade deste importante projeto, o Ministro apelou a um forte engajamento dos erviços consulares, Embaixadas e Associações que representam os cabo-verdianos na Diáspora e à contribuição de todos para que no fim se possa atingir os objetivos proposto, pois não é possível planear sem conhecimento, pelo que justificou este grande projeto de mapeamento, que é liderado pelo INE, enquanto sistema estatístico nacional.

Segundo o Ministro, o Governo definiu no seu programa que a Diáspora é uma centralidade do desenvolvimento do País, explicando os motivos desta centralidade, enfatizando que Cabo Verde é um País diásporizado, os cabo-verdianos estão em mais de 42 países, afirmando que a Diáspora nunca pode ser a décima primeira Ilha e porque não pode ser tratada como periférica no processo de desenvolvimento nacional.

“A Diáspora é um garante essencial da nossa estabilidade financeira, mais de 64% dos depósitos existentes no País são oriundos da Diáspora, representando 18.2 do PIB Nacional, que a Diáspora é extensão cultural e identitário nacional, possui homens de cultura, empresários, quadros qualificados, investigadores, tem um do “proxy” da nossa política externa, neste mundo cada vez mais complexo, onde países “invadem” outros países para se expandirem”, afirmou o Ministro das Comunidades.

“O Governo quis nesse ciclo de planeamento, que culmina em 2026, dar sinais claros à sua Diáspora, em como o País conta com todos para o seu processo de desenvolvimento”, reforçou Jorge Santos.

O Mapeamento da Diáspora Cabo-verdiana no Mundo é realizado pelo Instituto Nacional de Estatística de Cabo Verde com o financiamento do Banco Mundial.