O Chefe do Governo recordou Jorge Barbosa, Osvaldo Alcântara, João Lopes, Manuel Lopes e outros reconhecendo o seu contributo na construção de um Cabo Verde que é hoje " verdadeiramente rico e com uma grande literatura".
José Maria Neves defendeu que "fincar os pés na terra" lema dos claridosos é "mais do que uma declaração estético-literária, é um grito de liberdade e de caboverdianidade".
Aproveitou a oportunidade para lançar alguns desafios, nomeadamente no que concerne à língua cabo-verdiana. "Cabe-nos romper as barreiras que ainda existem e permitir que a nossa língua exercite plenamente todas as suas capacidades enquanto veículo de comunicação e de criação artística", desafiou José Maria Neves, comprometendo-se em apoiar para o definitivo estabelecimento do alfabeto da língua cabo-verdiana.
O Primeiro Ministro defendeu uma nova postura de todos, em particular das empresas e dos cidadãos no que tange à "percepção das coisas da cultura". "Temos de perceber muito bem qual o papel de uns e de outros. Penso que o Estado não pode ir mais além do que aquilo que lhe é possível. Designadamente, não é possível nem saudável exigir mais do Estado enquanto financiador. Nesta matéria acredito que já chegamos ao fim do ciclo", alertou. (Leia na íntegra discurso_pm_-_simpsio_claridade)