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PM pede engajamento para adequar o sistema educativo aos novos tempos

Para o Primeiro-Ministro, José Ulisses Correia e Silva, que falava ontem na abertura do Conselho Alargado do Ministério da Educação, todos devem engajar-se e comprometer-se com a mudança que se mostra necessária para adequar o sistema educativo aos novos tempos e aos novos desafios que se colocam ao país.

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Para isso, considera Ulisses Correia e Silva, os dirigentes e as chefias devem ter uma atitude de lealdade institucional, com compromisso, proatividade e persistência para o alcance dos objetivos da reforma de um novo projeto educativo, sintonizando com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

“Nos últimos 10 anos houve revoluções ao nível das TIC’s que alteraram profundamente os padrões da vida social, económica e de conhecimento no mundo. Revoluções tecnológicas que entram na rotina da nossa vida através de produtos e serviços cada vez mais acessíveis e globais. Ao mesmo tempo produzem novas exigências de conhecimento e de aprendizagem criando um fosso cada vez maior entre as nações, particularmente para aquelas que não conseguem inserir na dinâmica global”, constatou, sublinhando que qualquer exercício de pensar e abordar o país como se estivesse fora do mundo globalizado ou blindado a mudanças é, no mínimo, suicidário.

Pelo que, acrescentou o Primeiro-Ministro, quer em relação às ameaças, quer em relação às oportunidades que a economia mundial globalizada oferece, a única postura inteligente e imperativa é o Governo apostar fortemente na capacidade de inserção e de adaptação às mudanças de forma proveitosa para o país.

Isso, elegendo os homens e as mulheres como atores principais desta inserção e a educação como instrumentos imprescindível.  

“O tipo de educação e a qualidade da educação não é neutro relativamente ao perfil de mulher e de homem que queremos seja o impulsionador das mudanças que o país precisa para se desenvolver. Antes pelo contrário, a qualidade da educação, da base ao topo, é determinante para esse perfil”, realça Correia e Silva, para quem o momento é para se decidir.

Ou gerimos o sistema educativo existente com remendos que se vão fazendo aqui ou acolá, concebido num contexto interno e externo muito diferente, ou faz-se uma reforma com coragem, ambição e determinação para termos um sistema ajustado à necessidade de transformar Cabo Verde numa economia do conhecimento e numa sociedade de aprendizagem. Para isso, acrescentou o Chefe do Executivo cabo-verdiano, é preciso encarar a educação como um compromisso a longo prazo e uma responsabilidade inter-geracional. Uma outra atitude importante para a reforma ter sucesso é colocar o foco no serviço público.

“Desejo sinceramente que não se transporte para o seio da administração do sistema de ensino qualquer agenda de natureza partidária. O compromisso do funcionário público, do pessoal dirigente e das chefias deve ser com o Estado e com a Nação”, insistiu, lembrando que o governo ambiciona um perfil de jovens com fortes competências em línguas, ciências e tecnologias e uma profunda formação em história, cidadania e cultura, formados do pré-escolar ao universitário nesse sentido.