No lançamento do livro “Cabo Verde: Gestão das Impossibilidade”, em Luanda, esta sexta-feira, José Maria Neves confessou o seu “orgulho” e satisfação estar a fazê-lo neste país que tanto contribuiu “para o ideário da luta de libertação” em Cabo Verde e para a própria formação de Amílcar Cabral a quem a obra “Cabo Verde: Gestão das Impossibilidades” é dedicada. E um país com o qual Cabo Verde mantém relações privilegiadas de cooperação e amizade.
Apesar da forte chuva que se fez sentir logo pela manhã em Luanda e que condicionou o trânsito e mobilidade das pessoas, o magnífico auditório do Palácio da Justiça contou com uma significativa assistência, realçando a presença de grandes personalidades da governação, da magistratura e da sociedade civil de Angola, assim como muitas figuras conhecidas da comunidade cabo-verdiana residente.
Durante este ato, promovido por Rosa de Porcelana Editora, o Primeiro-Ministro e autor da obra, em sua comunicação, realçou a importância simbólica de o lançamento acontecer neste período de celebração do 40º Aniversário da Independência Nacional de Angola, exprimindo forte emoção pela trajetória do povo angolano e pelo facto de vários países africanos estarem a comemorar este ano a importante efeméride da soberania.
“Para mim é extremamente importante por duas razões: Aqui (Angola) torna-se parte do ideário da Luta de Libertação, o grande contributo de intelectuais angolanos, dos libertadores angolanos, também à Libertação de Cabo Verde. E a própria formação de Amílcar Cabral”, sublinhou José Maria Neves, perante uma plateia também emocionada como se pôde notar nas reações de personalidades como o Presidente do Tribunal Constitucional de Angola, o Provedor de Justiça, o Governador de Luanda e vários membros do Executivo do Presidente José Eduardo dos Santos.
O momento mais marcante do ato foi a homenagem feita por José Maria Neves ao Dr. Agostinho Neto, figura que lhe terá também inspirado, a par de Amílcar Cabral, a quem o livro é dedicado. Refira-se que Agostinho Neto não só é considerado o Pai da Pátria angolana, mas também é visto pelos cabo-verdianos como referência do movimento de libertação nacional dos dois países.
Durante a apresentação do livro, os intelectuais Carlos Feijó e Manuel Maria Carrilho sublinharam a importância de uma agenda governativa transformacional que não só serve a Cabo Verde, mas também aos desafios de desenvolvimento dos países africanos.