O Primeiro-Ministro, José Ulisses Correia e Silva, salientou a importância de preparar o país para um mundo cada vez mais complexo e para o aproveitamento de oportunidades. “Temos de preparar o país para a inserção na economia mundial globalizada”.
Para isso é preciso atuar com determinação sobre os fatores internos que constrangem e condicionam o desenvolvimento e que são de natureza diversa, designadamente política, institucional, educacional, económica e infraestrutural. “O nosso propósito é tornar Cabo Verde um destino de investimentos que se distingue pela segurança jurídica, pela estabilidade e previsibilidade económica, fiscal e financeira e por serviços públicos eficientes e de excelência, com uma burocracia amiga do investimento e do empreendedorismo”, assegura Ulisses Correia e Silva.
O objetivo é claro, colocar o país, dentro de dez anos, no top 50 no Índice de Competitividade Global e no top 50 no Doing Business. “As nossas metas são também ambiciosas a nível da competitividade fiscal e da competitividade no turismo”.
A estratégia passa por afirmar Cabo Verde como um país aberto ao mundo, que se distingue pela qualidade da sua democracia e das suas instituições, pela excelência do seu capital humano e pela confiança nas relações com os parceiros e com os investidores.
Para Ulisses Correia e Silva as perspetivas para a economia cabo-verdiana são boas, mas elas só se concretizam com reformas.
“Não é adotando as mesmas atitudes e as mesmas políticas perante contextos que se alteram, que se atingem os objetivos. São necessárias reformas e reformas requerem estratégia, intencionalidade, consistência, boa gestão do tempo e compromissos, para mudar de forma estrutural o ambiente institucional, económico e social necessário para atingir os objetivos do desenvolvimento”, analisa, indicando a melhoria do ambiente de negócios como uma das principais reformas a prosseguir.
Por outro lado, um dos ingredientes fundamentais para o êxito das reformas é a atitude.
“Não bastam as leis e não bastam as tecnologias que agilizam os procedimentos. São importantes, mas não substituem a mulher e o homem que dirigem, que atendem, que decidem e que usam as leis, as técnicas e as tecnologias. A atitude destes faz a diferença para se ser profissional, perseverante e focado no bom serviço público. E os promotores principais dessa diferença devem ser os que têm a responsabilidade de dirigir os serviços e as instituições. A qualidade da liderança é que faz a diferença”, asseverou Correia e Silva, durante a abertura da conferência “Doing Business 2017 em Análise – Debater para crescer”. Esta conferência foi promovida pela Direção Nacional de Receitas do Estado, na cidade da Praia, com o objetivo de socializar o ranking Doing Business e discutir as melhores práticas promotoras de desenvolvimento nesta matéria.