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PM junta-se à Academia de Letras para justa homenagem ao poeta Corsino Fortes

O filho de Corsino Fortes,  Corsino Alberto Fortes Júnior, recebeu em representação do pai e homenageado, agora no final da tarde, das mãos do Primeiro-Ministro, José Maria Neves, o Prémio Literário Vida e Obra, no âmbito das comemorações dos 40 anos da Independência Nacional, uma justa homenagem e reconhecimento a um dos poetas maiores dessas Ilhas, homem que, para além da fina pena sempre se distinguiu pelo fino trato e pelo grande patriotismo, como fez questão de frisar o Chefe do Executivo. “É o homem mais elegante que alguma vez vi”, considera.

Elegante “não porque se veste de branco que é sinal de grande pureza, e também de grande brilho. Mas tenho que dizer-vos que Corsino Fortes é dos homens mais elegantes dessas Ilhas. Elegante na forma como escreve mas, sobretudo, elegante na forma como soube amar Cabo Verde e as Ilhas todas, mas muito elegante na forma como se relaciona com todas e com todos em Cabo Verde”, começou por elucidar o Primeiro-Ministro.

Um fã assumido da poesia e, particularmente, do homenageado que também é Presidente da Academia Cabo-verdiana de Letras, José Maria Neves não poupou os adjectivos para classificar a “grandeza deste homem que considera um dos “apóstolos” da Literatura e da poesia cabo-verdiana.

E é precisamente para ilustrar a beleza e riqueza da obra do autor que, como ele mesmo disse, Neves não resistiu a recitar dois dos mais conhecidos poemas do homenageado que, infelizmente, encontra-se ausente do país por razões de saúde.

São eles “Não Há Fonte que Não Beba da Fronte deste Homem (Veja o link a seguir)

https://drive.google.com/file/d/0B1CfWU7i00subHFQUGhtOEtUT1k/view?usp=sharing

E também o poema: De Boca Concêntrica na Roda do Sol

 https://drive.google.com/file/d/0B1CfWU7i00suSDZheFJOY0t5YVU/view?usp=sharing

Neves realça que “vale a pena” nos momentos mais sublimes da vida de um país, como o são as comemorações dos 40 anos da Independência Nacional”, lembrar os seus grandes homens que devem servir de “referência para o futuro”.

Esta homenagem deve servir-nos para projectarmos no futuro a grandeza de Corsino Fortes, realçando que a obra de Corsino Fortes o faz ser um desses raros imortais que viverão “eternamente” em suas obras. E o Primeiro-Ministro lembra ainda o verso de Fernando Pessoa que dizia que “o importante não é viver, mas sim criar” e a vida e o trajecto de Fortes é bem elucidativa desta reflexão.  

Para o Primeiro-Ministro homenagear Corsino Fortes é uma “grande honra, um momento sublime, precisamente porque trata-se de um grande vácuo, de um homem plural e que deu um enorme contributo para a modernidade dessas Ilhas africanas e atlânticas.