O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, inaugura, nesta quinta-feira, à tarde, o parque eólico da Praia, uma infra-estrutura de extrema importância para a resolução definitiva do desafio energético do país, e que será o primeiro de quatro parques de produção de energia a partir do vento, inserida numa política energética que terá como eixo central as energias renováveis, sendo que os parques de São Vicente, Boa Vista e Sal estão em fase de conclusão, prevendo as suas inaugurações em breve.
O parque eólico que ora se inaugura terá uma capacidade instalada de produção de 10 megawatts (MW), e localiza-se no monte de São Filipe, onde já se vislumbra a presença imponente das suas 11 turbinas eólicas.
Trata-se de um enorme investimento do Governo, de aproximadamente 56 milhões de euros, 45 milhões dos quais são empréstimos a instituições bancárias internacionais, ao serviço do desenvolvimento.
A obra do Parque Eólico da Praia esteve ao encargo Cabeólica, uma empresa mista resultante de uma parceria público privada entre o Estado de Cabo Verde, a Electra, a InfraCO, a AFC e a FinnFund, as mesmas que estão envolvidas, também, na construção dos restantes parques.
Os quatro parques juntos terão a capacidade para produzir cerca de 25,5 MW de energia, permitindo, juntamente com os dois parques solares já concluídos, na Praia e no Sal, ao país obter cerca de 25% da sua energia a partir de fontes renováveis, o que é uma grande revolução e que representa poupanças significativas ao país, em termos de importação de combustíveis fósseis.
A meta do Governo, recorda-se, era até 2011/2012 atingir essa capacidade acima referida e, chegar aos 50% até 2020. A cerimónia será presidida pelo Primeiro-Ministro, José Maria Neves que, ainda esta manhã, irá presidir também a apresentação pública do relatório da Doing Business 2012 divulgado ao mundo esta madrugada.
Para além dos parques, o Governo procede à melhoria das redes de distribuição de energia no país, sendo a construção da Central única do Palmarejo um dos exemplos mais significativos e que, já em Fevereiro de 2012 tornará possível resolver a deficiência na produção e distribuição de energia na maior ilha de Cabo Verde.