O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, afirmou o seu orgulho no momento da apresentação do projecto da Orquestra Nacional de Cabo Verde que faz dessas Ilhas “cada vez mais uma República”, lembrando também o momento de nascimento da Universidade Pública de Cabo Verde (Uni-CV) como outro momento histórico e que mostra que Cabo Verde está cada vez mais a assumir-se como “um país possível”.
Foi com sorriso estampado no rosto e emoção patente na voz que o Chefe do Governo subiu ao placo da Assembleia Nacional para enaltecer a criação da Orquestra Nacional e que assinala mais um momento histórico para Cabo Verde que está a transformar-se cada vez mais “num país possível! Imaginem que agora vamos ter uma Orquestra Nacional”, salienta Neves”. Mais do que isso, essas Ilhas afirmam-se cada vez mais como “uma República”, e uma República que se preze deve ter a sua Orquestra Nacional.
O Chefe de Governo lembra ainda dois outros grandes momentos na história desta República, o nascimento da Uni-CV e o da Fundação de Ballet Nacional e que são marcos no crescimento e desenvolvimento das Ilhas.
Neves aproveita ainda para destacar o simbolismo deste Concerto de apresentação da Orquestra Nacional se dar no dia 21 de Maio, Dia da Diversidade Cultural para o Diálogo e para o Desenvolvimento, desejando que esta venha a contribuir “para afinarmos as notas, para reduzirmos as `desintonias´, para construirmos a harmonia necessária rumo à construção do país”.
Um país, acrescenta, que se quer “de tolerância, de paz, de liberdade e muito amor”. E sublinha que “Cabo Verde é um país de encontro de culturas e de civilizações e deve continuar a ser esse país ponte entre culturas e civilizações, um país de tolerância, de paz, de muito amor, um país se pode finalmente realizar a felicidade”.
A própria composição dessa orquestra é uma forte simbologia deste Cabo Verde de que fala José Maria Neves, uma mescla de músicos de várias origens, cabo-verdianos e estrangeiros, pois que dele fazem parte inicialmente músicos da Orquestras Filarmónicas de Coimbra e de Luxemburgo, para além de cabo-verdianos da Diáspora (como é exemplo o músico e professor de conservatória e maestro, Carlos Matos) e cabo-verdianos residentes nas Ilhas.
Uma outra forte simbologia e salientada pelo Primeiro-ministro, tem a ver com o facto de ser o director da orquestra uma mulher, a jovem Júlia Cardoso. “O que já não poderão fazer as mulheres cabo-verdianas?”, realça Neves. Este aproveita ainda para relembrar o grande músico e compositor que foi Renato Cardoso, de a jovem “maestria” é filha.
E por fim dirige uma palavra aos músicos cabo-verdianos, esperando que estes estejam satisfeitos e orgulhosos da nossa orquestra que agora nasce. Ademais, dizer que foi uma noite memorável, sobretudo, pela oportunidade de ouvir algumas belíssimas composições cabo-verdianas executadas por uma orquestra de alto nível.