O Primeiro-Ministro, José Maria Neves presidiu a cerimónia de entrega de 15 cisternas às famílias da localidade de Trás-os Montes no concelho do Tarrafal de Santiago, inserido numa visita de dois dias ao município este final
de semana. Trata-se de um importante projecto para as famílias desta região árida onde o acesso à água é um grande desafio.
Uma cerimónia simples, porém de forte significado e impacto nas vidas dos locais, como estes frisaram ao Chefe do Governo, sendo que trata-se de uma região bastante seca. “Aqui não temos nada, não há água para a agricultura como podem ver e vivemos da criação do gado”, sublinhou o representante da associação local”.
Assim, a inauguração destas 15 cisternas terão um impacto imediato nas vidas dessas pessoas, inclusive, na potencialização da sua actividade económica, pois que a água é um bem essencial tanto para as pessoas quanto para os animais.
Neste ano de seca, sobretudo, representará um alento ainda maior para estas famílias.
Ainda no mesmo dia José Maria Neves reuniu-se com os serviços desconcentrados do Estado em Tarrafal na sede local do Ministério do Desenvolvimento Rural (MDR), tendo como um dos temas principais o ano de seca e o plano de mitigação do mau ano agrícola em consequência da falta da chuva, não obstante os fortes investimentos ao nível da captação de água que certamente irão no futuro próximo garantir que se possa minimizar o impacto da falta de precipitações.
Até esta data já foram investidos só na primeira fase de intervenção deste plano emergencial cerca de 30 mil contos em acções como salvamento do gado e reforço de recursos materiais e financeiros para uma assistência técnica mais eficaz e mais presente por parte das delegações locais do MDR aos agricultores e criadores de gado, bem como em matéria de distribuição de água.
Este projecto das cisternas está também inserido neste plano de continegência que engloba ainda a reparação de pequenas infra-estruturas de conservação de água (cisternas e pontos de “abeberamento” de gado etc.
A segunda fase deste plano de mitigação do mau ano agrícola que arrancou em Janeiro e vai até a próxima campanha agrícola estará orçada em cerca de 1 milhão e 71 mil e 400 escudos e permitirá dar continuidade às acções de salvamento do gado, tendo em conta o aspecto relacionados à melhoria do acesso à água e ao pasto para os animais.
Esta fase insere uma forte componente relacionada à melhoria das condições de sustentabilidade da prática da agricultura irrigada, daí que o equipamento dos furos já existentes e por equipar, bem como a reparação ou construcção de novos furos, reservatórios, condutas de adução e distribuição e água entre outras acções programadas.
A implementação de actividades geradoras de emprego público também está prevista através da reabilitação/construção de algumas infra-estruturas hidráulicas e algumas obras de conservação de solo e água, melhoria de alguns caminhos vicinais e de acesso a propriedades agrícolas, limpeza e manutenção de perímetros florestais, etc.
