O Primeiro-Ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, acompanhado do seu homólogo guineense, Carlos Gomes Júnior, visitou, no segundo dia da sua missão à Guiné-Bissau, a província de Bafatá, região onde nasceu Amílcar Cabral. O objectivo é para prestar uma homenagem àquele que é considerado o grande obreiro da luta de libertação dos povos dos dois países e a grande fonte de “inspiração” pessoal de Neves, como este aliás, tantas vezes o afirmou. A viagem à Guiné, salienta é um tributo ao povo deste país para saldar um pouco da “divida muito grande”que temos para com os guineenses.
Acompanhado do seu homólogo guineense, Calos Gomes Júnior, José Maria Neves fez questão de enfrentar os mais de 150 kms de estrada até Bafatá para para estar com a comunidade cabo-verdiana ali radicada, mas também para deixar uma coroa de flores ao monumento dedicado a Cabral e visitar a casa onde nasceu o grande herói.
Um momento emocionante e que serviu para conhecer um pouco mais sobre aquele que Neves sempre considerou a sua grande referência e que afirma, mais do que nunca, continua a servir de “inspiração para continuarmos a lutar pela dignidade e liberdade”.
Da casa onde nasceu Amilcar Cabral, Neves salientou que o herói é inspiração para “continuarmos a governar o país com muita honestidade, com muito amor à terra, com muito rigor, para que as cabo-verdianas e cabo-verdianos possam viver muito melhor”.
Mais do que isso, sublinha o Primeiro-Ministo de Cabo Verde , Cabral continua a ser inspiração para o futuro da África. “Amilcar Cabral lutou muito pela dignidade da África e, hoje, mais do que nunca, nós governantes africanos temos de nos inspirar nele para construir o futuro.
A visita à Guiné e a Bafatá, em particular, é também um sinal de gratidão, um tributo aos guineenses um povo “para o qual nós cabo-verdianos “temos uma grande dívida”, pois “aqui fez-se a luta pela libertação pela libertação da Guiné-Bissau e de Cabo Verde. Muitos guineenses deram a própria vida, fizeram um esforço enorme pela libertação dos dois países e, nós os cabo-verdianos devemos permanentemente prestar este tributo ao povo de Guiné-Bissau”, frisa.
Homenagear Amilcar Cabral é assim, “também uma homenagem a todos aqueles que combateram e deram a sua vida para que pudessemos falar de países independêntes, países democráticos, países que estão a construir para o futuro”, frisa.
A visita a Bafatá, augura Neves, “às raízes de Amilcar Cabral”, deverá servir como ponte de reconciliação entre dois países irmanados, para nos inspirarmos “no sentido dos recursos de África estarem ao serviço dos africanos, ao serviço da dignidade dos africanos”. Sendo este o maior “ensinamento” e “inspiração” que se poderá tirar da generosidade, da luta de Amilcar Lopes Cabral pelo futuro do continente africano, segundo o Chefe do Governo cabo-verdiano.