Como havia prometido aquando da sua última visita à ilha do Príncipe no início do ano, o Governo do Príncipe recebeu muito recentemente um conjunto de equipamentos e instrumentos musicais da parte do Primeiro-Ministro, José Maria Neves, para um projecto de uma escola de música local.
Nesta quinta-feira o Chefe do Executivo pôde, respondendo à solicitação dos jornalistas durante um encontro com um grupo de batucadeiras da ilha do Príncipe, abordar o tema, tendo realçado a importância desta escola para apoiar na formação e na potencialização da cultura, em particular a música, adentro da política dos sucessivos governos liderados por José Maria Neves de apoiar as nossas comunidades, sobretudo aquelas mais desafiadas em termos sociais e financeiros.
Ao apoiar este projecto, frisa Neves, o Governo estará assim a apoiar, sobretudo, a comunidade cabo-verdiana ali radicada e que representa cerca de 90% dos habitantes do Príncipe.
A doação é mais uma demonstração clara da importância e do carinho que Cabo Verde atribui à nossa Comunidade e mais um exemplo do grande esforço que o nosso Executivo tem estado a fazer para apoiar a educação, a formação, a melhor integração e a melhoria da qualidade de vida da Comunidade de São Tomé e Príncipe que Neves, sempre considerou especial pela história de sacrifício dos chamados “contratados” dos tempos das roças de café e cacau.
Nestes 15 anos, os sucessivos governos liderados por José Maria Neves deram um contributo decisivo para uma integração cada vez mais forte como da melhoria da qualidade de vida dos cabo-verdianos e descendentes de São Tomé e Príncipe.
Recorda-se que o Executivo de Cabo Verde atribui a milhares de “contratados” um complemento de pensão trimestral e que hoje é de mais de 60 dólares, para além de apoio com assistência médica e medicamentosa.
Em matéria de educação e formação Cabo Verde – para além de apoiar com bolsas de estudos, inclusive naturais de São Tomé e Príncipe em escolas de ensino superior e de formação profissional cabo-verdianas, santomenses e estrangeiras (nomeadamente Portugal, Marrocos, Senegal e Argélia) – enviou, desde há alguns anos a esta parte, professores cabo-verdianos, pagos por Cabo Verde, para dar aulas em Príncipe onde há alguns anos atrás não havia ensino secundário.
E como pôde conferir, in-loco, na sua última passagem por São Tomé e Príncipe, a Comunidade está muito melhor e bem mais integrada, lembrando que foi também recentemente que o Governo de São Tomé e Príncipe aprovou um decreto que dá a nacionalidade santomense a todos os cabo-verdianos contratados e seus descendentes.