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PM desloca-se à Guiné-Bissau com “elevadas expectativas”

O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, desloca-se esta noite à Guiné-Bissau no quadro das comemorações dos 40 anos da Independência de Cabo Verde e, paralelamente numa missão de reforço das relações intergovernamentais e económicas, tendo revelado à comunicação social “expectativas elevadas” em relação a essa deslocação.

Um dos objectivos desta viagem deve-se à necessidade de, no momento em que comemoramos os 40 anos da Independência Nacional de Cabo Verde, “agradecer ao povo da Guiné-Bissau por todo o seu extraordinário para a Independência de Cabo Verde”. Estarão previstas várias actividades culturais e outras para assinalar a importante efeméride.

Ao mesmo tempo essa deslocação engloba uma importante vertente do reforço das relações intergovernamentais, cultural e empresariais, devendo deslocar-se uma representação dos empresários, juntamente com a Ministra do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empresarial, Leonesa Fortes, para além da Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros, Maria Jesus Miranda e algunsDeputados da Nação e artistas.

“Iremos trabalhar para reforçar as relações de cooperação, desde logo no domínio da governação electrónica, do turismo, da reforma do Estado, da agricultura, da pecuária, do comércio, da indústria e também criaremos as pontes para reforçar as relações económico-empresariais entre os dois países”, avança Neves.

Vários acordos serão ainda assinados durante esta missão encabeçada pelo Primeiro-Ministro, em áreas como o comércio e a cooperação aduaneira, os Correios e Telecomunicações, no domínio das Pescas etc.

Na mesma ocasião Neves esclarece que a viagem deveria englobar uma importante delegação empresarial que, entretanto, não poderá lá estar em número desejado desta vez por dificuldades ligadas à não reserva atempada dos bilhetes para esta viajem e que nada tem a ver com a vontade do Governo.

Estes últimos esclarecimentos vêm na senda de declarações do actual Presidente da Câmara do Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento, Jorge Spencer Lima, à comunicação social, responsabilizando o Governo pela não deslocação do referido contingente empresarial. De acordo com Spencer Lima o Governo “esqueceu-se” dos empresários que foram convidados em espaço de tempo muito curto para que pudessem tomar providências atempadamente referentes às reservas das passagens.

Confrontado com esta questão, o Chefe do Governo esclarece que os empresários foram convidados desde o “primeiro momento”, lembrando que a visita deveria acontecer em Junho, mas que infelizmente não foi possível na altura por questões da agenda do Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau, estando nesta altura já prevista a deslocação da caravana empresarial.

“Desde que conseguimos fixar a nova data os empresários foram avisados e fizemos todos os esforços para que pudessem viajar. Acho que fizeram as reservas tardiamente e não conseguiram lugar nos voos dos TACV”, comenta José Maria Neves.

Este acrescenta ainda que o Governo tentou que a viajem se fizesse com um Boeing dos TACV, o que não foi possível, tendo o Executivo ainda procurado outras soluções com a Air Maroc e a Air Senegal que se revelaram igualmente infrutíferas face aos elevados custos para os empresários. “Nós fizemos absolutamente tudo e neste momento, que nós queremos a internacionalização das nossas empresas, todos nós temos de fazer a nossa parte”, considerou o Primeiro-Ministro.