Nesta perspectiva, José Maria Neves apelou a um intenso diálogo entre a Europa e a África, para que possa "regular" a imigração legal para a África e "combater energicamente as migrações clandestinas".
"As imagens pungentes de pessoas que morrem no mar ou vivem à mercê de grupos criminosos organizados que traficam seres humanos e drogas devem interpelar-nos a todos. São imagens chocantes. A África deve assumir as suas responsabilidades", realçou José Maria Neves, para quem é fundamental que a Europa seja uma parceira no debelamento deste drama, que no seu entender, fere a consciência da humanidade.
Para o Chefe do Governo, a África começou bem este século XXI e está em condições de negociar com a Europa uma parceria que "permita a partilha de interesses comuns ao serviço de um comércio que seja factor de crescimento e gerador de empregos, do desenvolvimento da agricultura, da modernização das infra-estruturas, da densificação do sector privado, da construção de uma África de conhecimento e de inovação".
O Primeiro Ministro considerou necessário um pacto para o Ambiente, que "permita pôr de pé uma agenda de desenvolvimento sustentável", salientando os efeitos das mudanças climáticas a nível dos países sahelianos, sobretudo para Cabo Verde, que leva a "um acréscimo de vulnerabilidade e de constrangimentos ao desenvolvimento".
José Maria Neves defendeu que a parceria entre a África e a Europa é "fundamental para o futuro da humanidade", sublinhando a importância da Cimeira como "facto histórico e marcante, um ponto alto de diálogo entre os dois continentes e é vital que mantenhamos a vontade política aqui expressa para a implementação da estratégia e do plano da acção".
Á margem da Cimeira, José Maria Neves manteve encontros com os Presidentes da República Popular de Angola e de Mauritânia, o Presidente da CEDEAO, a Vice-Presidente da Croácia e com o Primeiro Ministro de Marrocos.
(Ler na íntegra – Link dos Discursos/Comunicados – o discurso do Primeiro Ministro)
