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PM considera que ilha do Fogo já descolou rumo à modernização e desenvolvimento

 

Esta consideração foi feita no terceiro e último dia de visita à ilha do Fogo, sendo que há vários projectos em curso, sobretudo no domínio das infra-estruturas, caso do anel rodoviário, as obras de expansão do porto do Vale dos Cavaleiros, a estrada cidade de São Filipe/Campana de Cima e que deverá constituir um segundo anel superior, entre outros que atingem os 10 mil contos (ver texto: "PM lança primeiras habitações do Casa para Todos no Fogo").

Para além desses, há vários investimentos em áreas como a agricultura e a agro-indústria alimentar, como pôde conferir José Maria Neves na sua visita a Chã das Caldeiras. Ali, Neves foi conferir de perto os trabalhos na adega onde são feitos os famosos vinhos Chã, para além do centro de transformação de frutas na mesma região.

Durante a sua visita, o Chefe do Executivo prometeu o apoio do Governo para um investimento na ampliação da adega daquela cooperativa para o aumento da produção e melhoria da qualidade e certificação para a sua maior exportação, para além de comprometer-se na materialização de um centro de tratamento e transformação de produtos agrícolas, à semelhança daquela da ilha de Santo Antão na cidade de Porto Novo. Aliás, é um objectivo do Executivo, aponta Neves, construir um centro desses em todas as ilhas agrícolas do país.

Por tudo o que viu e ouviu, o Chefe do Governo considera que a "a ilha do Fogo está a transformar-se, há grandes investimentos em curso, no domínio da infra-estruturação da ilha, no domínio da agricultura, da pecuária, das indústrias, sobretudo da indústria agro-alimentar, no domínio do turismo e parece-me que dentro de dois, a três anos a ilha do Fogo vai ganhar uma grande dinâmica".

"Essa dinâmica deve ser agora aproveitada pelos empreendedores, apela Neves, para criarem empresas, criarem novas oportunidades de negócios, criarem empregos e poderem gerar novas dinâmicas de crescimento da ilha", sublinha o Chefe do Executivo.

Ainda no que concerne à agricultura, José Maria Neves abordou a questão do preço da água, reafirmando o compromisso do Governo em conseguir esse propósito com a mobilização de mais água, através de 11 furos que vão ser feitos e o equipamento dos furos através da energia solar e eólica. Também, através da mobilização da água das chuvas, sendo que estudos serão concretizados para ver como reduzir a perda da água das precipitações para o mar.

Ainda no que concerne à água, serão investidos mais 600 mil contos numa nova rede de distribuição de água, à margem da circular. Outros grandes investimentos estão previstos, nomeadamente em relação ao saneamento em que o Governo prevê um grande programa no quadro do Millenium Challenge Account (MCA) para cobrir todos os centros urbanos com rede de esgotos e estação de recolha e tratamento das águas residuais.

Tem havido alguma demora na concretização das negociações para a concretização desse último projecto, explicou Neves, devido a uma redução do orçamento do Programa do Governo norte-americano. Todavia, o Executivo cabo-verdiano procura outras fontes de financiamento para a efectivação desse programa, garantiu o Chefe do Executivo.   

Uma outra questão abordada com os jornalistas refere-se à extracção da areia nas praias de São Filipe, em que voltou a defender que tudo deve ser feito para extinguir essa prática, sendo que o Governo continua a trabalhar com o sector privado no sentido de garantir a importação de areia para as construções.