O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, considerou esta sexta-feira, em Lisboa, que “tem aumentado” o interesse dos jovens cabo-verdianos pela ciência e a investigação e quem ganha com isso é o país, Cabo Verde, porque ainda que o ensino superior esteja a crescer e a estruturar-se “não há Universidade sem a investigação”. Ademais, a qualidade dos trabalhos científicos que têm sido apresentados têm sido de “alto valor” e que representam “um bom contributo para o desenvolvimento global das Ilhas.
Estas ideias resumem aquilo que foi a intervenção do Chefe do Governo de Cabo Verde na cerimónia de abertura do IV Encontro dos Jovens Investigadores Cabo-verdianos, promovido pela Associação de Jovens Investigadores Cabo-verdianos (AJIC), um certame de apresentação de teses e debate de ideias em relação às mais diversas áreas de investigação cientifica que se realiza no auditório Agostinho Silva, no campus da Universidade Lusófona de Lisboa, de 18 a 20 de Dezembro próximo.
Tanto na sua intervenção como em entrevista à comunicação social presente, José Maria Neves salientou o crescimento e a “estruturação efectiva” do ensino superior, ao mesmo tempo que emerge um campo científico com o aumento dos trabalhos de investigação científica nas mais diversas áreas, sobretudo entre os jovens estudantes e que representa um grande potencial de desenvolvimento para o país.
“Não há universidade sem investigação”, reflecte o Chefe do Executivo cabo-verdiano, que estimula os jovens a interessarem-se e a esforçarem-se cada vez mais para a produção e apresentação de trabalhos de qualidade e que possam contribuir, efectivamente, para a produção de conhecimento no nosso país. E, felizmente, nota o Primeiro-Ministro, têm sido cada vez mais e melhor os trabalhos produzidos, muitos dos quais, pela elevada qualidade têm merecido publicações em livros, e “Um grande contributo para o desenvolvimento de Cabo Verde.
Um desafio em Cabo Verde é a governação, isso porque “governar Cabo Verde está a tornar-se cada vez mais complexo, diz Neves, daí exigir “cada vez “mais fundamentação”. Para isso poderia e deve-se poder contar com o contributo destes jovens investigadores para a produção de estudos que possam beneficiar melhor e “mais fundamentadas” decisões e políticas públicas, considera José Maria Neves. “Portanto esses trabalhos serão considerados no processo de governação do país”.
Outro domínio interessante tem a ver com o ambiente e as alterações climáticas e, felizmente, denota o Primeiro-Ministro, tem-se evidenciado também um aumento do interesse, com alguns trabalhos já produzidos neste e outros domínios, lembrando que o crescimento das universidades e do sistema do ensino superior “é um pilar importante”, e um fermento para o desenvolvimento da investigação e para a produção de conhecimento e maior desenvolvimento do país.