A 69ª Assembleia-geral da ONU, que decorreu em Nova Iorque, sede da organização, viu esta semana a esmagadora maioria dos países membros votarem contra o embargo do Governo norte-americano a Cuba e que já dura 53 anos. Instado a comentar o ocorrido, José Maria Neves manifestou-se esperançoso de que, desta vez, os Governos cubano e norte-americano possam entender-se no sentido de acabar com tal embargo.
Esta é a 23ª vez, desde 1993, segundo dados na comunicação internacional, que uma Assembleia-geral das Nações Unidas vota a favor do levantamento do embargo económico dos Estados Unidos às Ilha vizinha de Cuba e, tal como das outras vezes dificilmente terá efeitos práticos (entrar em vigor), já que os Estados Unidos possuem poder de veto junto ao Conselho de Segurança da ONU. Para além deste, apenas Israel votou a favor da manutenção do referido embargo com três abstenções por parte da Micronésia, Palau e Ilhas Marshall, contabilizando-se188 votos (cabo Verde inclusive) a favor do fim imediato do embago.
Porém, o Primeiro-Ministro, mostra-se esperançado de que “Os Estados Unidos evoluam no sentido de levantar o embargo e de procurar soluções negociadas dos seus diferendos com a Cuba”, considerando tal votação um sinal positivo.
“Consideramos que devemos criar as condições para melhorar o diálogo entre as diferentes nações, reforçar o multilateralismo e trabalhar no sentido da negociação e resolução pacífica dos conflictos e criar as condições para que todos os povos possam viver em paz e em condições de dignidade”, reflecte Neves.