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PM apela apoio da diplomacia internacional para a atracção de mais investimentos estrangeiros

José Maria Neves que falava directamente aos representantes diplomáticos presentes no certame, fez uma exposição de cerca de 40 minutos do que é o Programa do Governo para os próximos cinco anos, versando os sete grandes eixos (Ver anexo) estratégicos do referido programa, em que tentou mostrar a enorme ambição do país em tentar acelerar o ritmo de crescimento e de desenvolvimento, pese o cenário de crise internacional.

A atracção de mais e melhores investimentos privados internos e externos torna-se um "must" para que Cabo Verde possa atingir esses objectivos e manter-se na senda do desenvolvimento, daí que essa operação "de charme" que já é tradicional, esta foi a quarta edição, se revele de extrema importância para o país.

Assim, a intervenção do Primeiro-Ministro tenha-se concentrado em mostrar os ganhos do país nos últimos anos e as vantagens de se investir nas diferentes ilhas do país.

"Queremos, para além dos investimentos públicos, lançar um forte apelo aos nossos parceiros, para incentivarem as empresas privadas dos seus países a investirem em Cabo Verde", sublinhou.

Um aspecto importante da intervenção de Neves tem a ver com o défice orçamental e a dívida pública do país, que apesar de um aumento considerável, situando-se em 11 por cento e 80 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), respectivamente ainda situam-se dentro dos limites comportáveis para o país.

Estes aumentos, devem-se, sobretudo ao aumento dos empréstimos concessionais assumidos nos finais da legislatura anterior, uma decisão do Governo para aproveitando a conjuntura favorável na altura para financiar investimentos necessários, principalmente ao nível das infra-estruturas, sendo que a partir de 2013, altura em que Cabo Verde será efectivamente País de Rendimento Médio, não terá mais acesso a empréstimos em condições tão vantajosas.

Portanto, há espaço ainda para a contracção de mais dívida, caso o país assim decida. "teremos que decidir se passamos do nível baixo (em termos de dívida externa) para o nível moderado", uma decisão que a seu tempo será ponderado para que possa reflectir e defender os interesses do país e de todos os cabo-verdianos e cabo-verdianas.

A diplomacia externa de Cabo Verde foi outra questão importante da mensagem do Chefe do Executivo que frisou a preocupação de Cabo Verde em continuar a reforçar as parcerias existentes com a União Europeia e outros parceiros tradicionais.

O aumento do protagonismo de Cabo Verde no espaço da CEDEAO, a celebração de novas parcerias com países emergentes da Ásia e da África, o reforço da diplomacia cabo-verdiana em prol da estabilidade na nossa região e em todo o Atlântico-Sul foram outras questões abordadas. "Queremos continuar a ser um país útil ao mundo", salienta, um país defensor das liberdades e da democracia no mundo.

Quanto ao futuro, o Primeiro-Ministro mantém-se optimista, até porque o país tem sabido resistir "bem à crise (internacional) ". A confiança é grande e o compromisso deste governo é forte para com a construção de um país cada vez mais justo, próspero, e moderno para todos.