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PM apela ao efetivo diálogo para fim da crise política na Guiné-Bissau

O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, instado pelos jornalistas a comentar o impasse em torno da formação do novo Governo na Guiné-Bissau, apelou a um “efetivo diálogo entre as partes” envolvidas para que se possa resolver essa situação a bem do povo e do desenvolvimento da Guiné-Bissau.

José Maria Neves falava, esta quarta-feira, em entrevista à margem do ato de abertura oficial do curso de medicina da Uni-CV, quando indagado pela imprensa presente no local sobre o assunto.

Dizendo “não querer intrometer-se” nos assuntos da Guiné-Bissau, o Chefe do Governo apelou aos atores políticos guineenses para que prevaleça o bom senso e o sentido de Estado e que estes saibam sentar-se à mesa e negociar uma solução, que já se faz urgente, para este imbróglio, sendo que desde o dia 12 de Agosto, aquando da demissão, pelo Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, do elenco governamental liderado então por Domingos Simões Pereira, que o país encontra-se sem governo.

Uma situação “incompreensível”, diz Neves, que um país “com as necessidades de desenvolvimento da Guiné-Bissau possa ficar tanto tempo sem governo, sem razão”.

Daí o apelo do Primeiro-Ministro cabo-verdiano, no sentido de haver “um efetivo diálogo entre as partes”. E acrescenta que “a questão é institucional, é política, tem a ver com o povo da Guiné-Bissau e devem-se criar as condições para que o país tenha governo e possa desenvolver-se”.

Recorda-se que após a nomeação de um novo Primeiro-Ministro, Carlos Correia, o Presidente da República já deu ao conhecimento público a sua recusa em aceitar a lista do elenco governamental proposto por Correia, o que veio a aumentar as incertezas em relação a um desfecho breve e que volte a colocar a Guiné-Bissau nos trilhos da estabilidade e do desenvolvimento. 

“Gostaria que houvesse um intenso diálogo entre os órgãos de soberania para se ultrapassar definitivamente essa questão, um diálogo sincero tendo em conta os interesses do povo da Guiné-Bissau”, reforça José Maria Neves.