O Governo de Cabo Verde está a dedicar uma atenção especial ao problema e terá montado um gabinete de crise, para acompanhar mais uma crise política e social na Guiné Bissau, constituído por José Maria Neves e os ministros da Defesa (Cristina Fontes Lima), Administração Interna (Lívio Lopes) e Negócios Estrangeiros (José Brito).
Pouco depois desta reunião de emergência, o Chefe do Executivo cabo-verdiano dava conta da sua preocupação, à comunicação social, com a situação daquele país vizinho e amigo. Para José Maria Neves, a resolução urgente dessa crise passa pela realização, o mais breve possível de novas eleições presidenciais para suceder a João "Nino" Bernardo Vieira.
Eleições que devem acontecer num período não menor do que 70 dias como, aliás, invoca a própria Constituição daquela República. De acordo com o PM, é preciso respeitar a Constituição para que o país consiga a estabilidade política necessária.
Recorda-se que a Guiné-Bissau foi tomada, neste final de semana, por uma onda de acontecimentos violentos que desembocaram nos assassinatos do Presidente Nino Vieira e do Chefe de Estado Maior das Forças Armadas da Guiné, general Tagma na Waie.
O referido gabinete já terá cogitado algumas medidas, caso venham a se fazer necessárias, como a criação de um centro para receber possíveis refugiados daquele país. É de frisar que naquele país reside uma larga comunidade de cabo-verdianos.