O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, lançou nesta segunda-feira, em São Vicente, o seu segundo livro, «Cabo Verde: Gestão das Impossibilidades», na cidade de Mindelo, e durante a apresentação da obra considerou que o grande desafio de Cabo Verde nos próximos anos é o de fazer com que essas ilhas possam “andar com os próprios pés”, rumo ao objectivo de se tornar um país desenvolvido no horizonte de 2030. Contudo, adverte de que não será fácil e que “vai doer mais um pouquinho”.
Numa sala bem composta, José Maria Neves dissertou um pouco sobre o que se pode esperar deste título, “um modesto contributo” para o “pensar Cabo Verde”, sendo que para além de analisar os 40 anos da Independência Nacional, o autor tenta perspectivar os caminhos para o objectivo de tornar Cabo Verde desenvolvido no horizonte de 2030.
Para Neves, vencidas as “impossibilidades”, é chegada a hora de “darmos o salto”, sendo que para isso “temos de investir muito na qualificação das pessoas, pois agora exige-se de nós muito mais, mais eficiência para fazermos certo as coisas no tempo certo”. Cabo Verde “terá de construir a sua própria riqueza e andar com os próprios pés”, doravante, reflecte.
O Primeiro-Ministro, adverte que não será um processo fácil, pelo contrário “custa muito e vai doer um pouquinho mais”. Para isso, José Maria Neves defende que deve-se apostar mais “na sofisticação” no que concerne à prestação de serviços e organização do trabalho. Ao país, exige-se “muito mais produtividade” e “muito mais trabalho”, salienta.
A apresentação do livro esteve a cargo do Embaixador Luís Fonseca, que considera a obra como o “testemunho de uma geração” que “merece ser reconhecida” pelo “inestimável contributo” que tem dado a Cabo Verde, e do reitor da Uni-Mindelo, Albertino Graça, que acredita estar-se perante uma obra que deverá constituir-se num “marco histórico”, daí que sugira a sua tradução para o inglês e para o francês, algo que está já nas cogitações da «Rosa de Porcelana», editora do livro.
Sobre o autor, ainda, Luís Fonseca afirma tratar-se de um dos “mais brilhantes” políticos da sua geração que “sempre respondeu” aos “imperativos” do País. “Este livro, para além de ensaio, é um lançar de olhos sobre o futuro dos cabo-verdianos, dos africanos e dos cidadãos do mundo”, reforça Albertino Graça.
Os próximos lançamentos de «Cabo Verde: Gestão das Impossibilidades» acontecem nos dias 16 de Setembro em Funchal, Madeira, 18 de Setembro em Lisboa, e 21 de Setembro na cidade norte-americana de Boston.
