O Ministro das Finanças, Olavo Correia, presidiu esta terça-feira, na Praia, à cerimónia de apresentação pública do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável – PEDS 2017-2021. O Governante enfatizou que “Cabo Verde tem muitos desafios pela frente”. Mas realçou por outro lado que “as oportunidades são igualmente enormes” e deu perspetivas: “podemos ser uma plataforma de serviços, nos domínios do turismo, economia azul, tecnologias, ramo financeiro, como em matéria dos transportes aéreos e marítimos”.
Olavo Correia garantiu que o Governo de Cabo Verde está focado no desenvolvimento da economia de cada uma das nossas ilhas e muito atento às estratégias que terá que utilizar na potenciação dos recursos e das potencialidades endógenos de cada ilha. “Temos que ter uma visão para isso e é exatamente isto que o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável procura fazer”, garantiu o titular das Finanças do país, reforçando que o PEDS “tem como objetivo fixar metas, implementar projetos e programas para cada ilha de modo a podermos gerar o crescimento, potenciar a qualidade de vida e combater de forma assertiva, as assimetrias regionais e sociais”.
O Ministro das Finanças reafirmou os compromissos deste Executivo para esta legislatura: Crescimento económico de 7%; redução da taxa de desemprego de 15 para 9%; aumento do PIB per capita em paridade de poder de compra de 6744 dólares para 8864 dólares em 2021; aumento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH); redução o coeficiente de gini com vista à diminuição das desigualdades nas nossas ilhas e redução da pobreza de 35 para 28,2%, entre outros que Olavo Correia defendeu serem vitais para a construção da marca Cabo Verde e realçou que “as marcas começam por ser sons, palavras ou até música para os ouvidos, mas elas são acima de tudo convicções. Convicções fortes”, sublinhou.
Para isso, Olavo Correia advogou que o país precisa de “além de recursos humanos altamente qualificados, também formar um ecossistema propiciador dos investimentos nacional, da nossa diáspora e externo. Temos ainda que implementar reformas ao nível do Estado e da Administração para que as nossas ambições se concretizem”. O Ministro das Finanças reconheceu, porém, que o Estado tem um papel essencial no que toca à liderança deste processo.
“O que queremos enaltecer é a visão do país e ter bem claro, aquilo que pretendemos ser daqui a cinco ou 10 anos. E a certeza é que poderemos ser um país cada vez mais útil ao mundo, sendo um centro de prestação de serviços à escala global, desde que façamos o nosso trabalho de casa”, disse em tom de regozijo, sem deixar de frisar que as visões gerais do país precisam ser igualmente regionalizadas, daí que sublinhou mais uma vez a importância do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável 2017-202 para o futuro do país. Pelo que apelou ao empenho de todos nesta causa que é nacional.
A apresentação foi igualmente espaço de um amplo debate sobre o desenvolvimento de Cabo Verde que o Ministro das Finanças caraterizou de muito frutífero. O ato contou com a participação de vários ministros, nomeadamente a Ministra da Educação, Família e Inclusão Social, Maritza Rosabal Peña; o Ministro da Saúde e Segurança Social, Arlindo Rosário e a Ministra das Infra-estruturas, Ordenamento do Território e Habitação, Eunice Silva. O ato contou ainda com as apresentações da Diretora Nacional do Planeamento, Carla Cruz, da Coordenadora Residente do Sistema das Nações Unidas no país, Ulrika Richardson (enquanto parceiro do plano) e de Francisco Tavares, na qualidade de consultor do projeto.