O ex-Primeiro-Ministro português, Pedro Santana Lopes, esteve na passada semana em Cabo Verde para promover, junto à sua empresa de consultoria, a “Link Think”, um seminário sobre as novas tecnologias e as energias renováveis, tendo-se confessado muito impressionado com o estágio de desenvolvimento das Ilhas, em especial no que se refere ao tema em questão.
No encerramento do seminário, presidido pelo Primeiro-Ministro, José Maria Neves, Santana Lopes afirmou que a “evolução tecnológica de Cabo Verde é “muito grande”, corroborando das palavras do Primeiro-Ministro que sublinha a “vocação verde” do país. De acordo com o político e empresário português, Cabo Verde demonstra, mais uma vez, porque é considerado inteligente e verde.
Este realça os índices internacionais de desenvolvimento do arquipélago que considera “impressionantes”. Por suas palavras, nos que tange aos sectores “do ambiente e energias renováveis, nas novas tecnologias e na modernização administrativa, Cabo Verde está num nível de desenvolvimento impressionante. Portugal não tem nada a ensinar a Cabo Verde e, tem é de beneficiar do trabalho conjunto”, frisa.
Tal afirmação vem reforçar a convicção do Chefe do Executivo cabo-verdianos de que nessas matérias, sobretudo, em relação às energias renováveis, “estamos no bom caminho”, realçou a aposta deste Governo nas energias limpas, sobretudo, nas energias eólica e solar. Cabo Verde tem neste momento, recorda, uma capacidade de produção de energia, a partir dessas fontes, de até 30% de toda a energia que é injectada nas nossas redes. O Objectivo, lembra, é chegar aos 50% até 2020 e até lá ter pelo menos uma ilha, a Brava, com cobertura a 100% de energia renovável.
Mais, Neves salienta a importância dessa opção para a sustentabilidade do projecto de transformação de Cabo Verde e, que permitirá a autonomia e auto-suficiência do país no plano energético. Uma opção que tem em vista suprir a nossa enorme dependência dos combustíveis fósseis e o grande esforço financeiro associado a esta dependência, ao mesmo tempo que contribuiu para que Cabo Verde seja um país cada vez mais “verde”, sublinha a importância ambiental da opção pelas energias limpas.
“O futuro da economia cabo-verdiana depende bastante da capacidade de acrescentarmos valor, de inovarmos e de incorporarmos mais conteúdo tecnológico, mais correcção ambiental e mais energia alternativa ao processo de Desenvolvimento”, frisa.
Pela importância do tema em questão e pela relevância da intervenção de sua excelência o Primeiro-Ministro, publicamos, aqui, na íntegra, o discurso proferido no encerramento da Conferência supra-citada.