Notícias

Pedro Pires traz reflexões sobre os primeiros anos de Cabo Verde no Pós-independência

Da herança ideológica do PAIGC que considera o grande património político passando pelas lideranças e espírito patriótico dos cabo-verdianos que tornaram viáveis a construção desta nação, Pires lembrou também as enormes dificuldades sentidas com a escassez de meios, a ruptura de stock, a forte seca de 1977, a crise de petróleo de 1973 que tornaram, ainda, mais dura a missão de viabilizar Cabo Verde.

Interessantes, também, foram as suas ideias sobre o Homem revolucionário e o Homem de Estado, as suas histórias sobre decisões e medidas polémicas, mas que é preciso levantar o véu sobre elas como, por exemplo, a formação das milícias populares.

Pires faz, igualmente, menção a algumas medidas na contra-mão, resistindo a pressões internacionais, para rentabilizar o aeroporto do Sal e trazer importantes divisas ao país, caso das autorizações de escala de voos da South África Airways e da Cubana Aviacion.

Uma conferência que ajuda-nos a compreender e a conhecer melhor, não só o homem de armas e que, junto com Amílcar Cabral, Aristides Pereira e outros liderou a luta pela independência, mas também o Homem de Estado, astuto, corajoso e enorme visão que ajudou a tornar Cabo Verde possível.

Uma iniciativa do Primeiro-Ministro de iniciar um ciclo de 12 conferências que irão acontecer durante este ano e que serão reproduzidas em brochuras como contributo à preservação da rica história de Cabo Verde. Como possíveis convidados para essas conferências, estão José Sócrates (Primeiro Ministro de Portugal), Durão Barroso (Presidente da União Europeia), Jean Claude Juncker (Primeiro Ministro do Luxemburgo), Dom Arlindo Furtado (Bispo de Cabo Verde), entre outras altas personalidades nacionais e estrangeiras. (Veja os textos relacionados à intervenção de Pedro Pires: patrimnio_poltico_do_paigcv; tempo_de_vacas_magras; homem_de_estado )