O antigo Presidente de Cabo Verde, Pedro Verona Pires, foi distinguido, com o Prémio Ibrahim 2011. Um importante galardão que distingue ex-chefes de Estado ou de Governo africanos, que tenham promovido uma boa governação.
«Durante os 10 anos em que foi Presidente, o seu país tornou-se no segundo país africano, de apenas dois, que deixou a categoria dos Países Menos Desenvolvidos das Nações Unidas, tendo recebido reconhecimento internacional pelas suas realizações na área dos direitos humanos e da boa governação», justificou a Fundação pela escolha de Pedro Pires, num comunicado enviado à imprensa.
O Comité do Prémio faz a avaliação de antigos Chefes de Estado e de Governo eleitos democraticamente dos países da África Subsaariana que tenham cumprido com os seus mandatos, observando os limites consagrados nas Constituições dos respectivos países.
O prémio consiste num montante de 5 milhões de dólares, entregues ao longo de 10 anos e mais 200.000 dólares por ano, até ao fim da vida. A Fundação pode ponderar conceder mais 200.000 dólares por ano, durante dez anos, para actividades de interesse público e boas causas que o vencedor deseje abraçar. Trata-se de um dos mais valiosos prémios atribuído a nível mundial, todos os anos. No entanto, em 2009 e 2010 o prémio não foi concedido por não haver nenhum candidato que respondesse ao perfil traçado.
Este galardão criado por Mo Ibrahim, magnata Sudanês das telecomunicações, foi atribuído pela primeira, vez em 2007, ao antigo Presidente Moçambicano, Joaquim Chissano. No ano segunite foi a vez do ex-presidente do Botswana Festus Gontebanye Mogae receber o galardão.
Há um mês, Pedro Pires saiu da cena política, depois de dez anos como Presidente da República de Cabo Verde. O cargo que agora é ocupado por Jorge Carlos Fonseca. O antigo chefe de Estado também, foi um combatente pela liberdade da pátria e, com a conquista da independência nacional em 1975, foi por 15 anos consecutivo o Primeiro-Ministro de Cabo Verde.
