“Por isso”, adiantou, “as atuais gerações de líderes a nível africano e mundial têm a responsabilidade de facultar aos jovens um futuro de paz, de segurança, de neutralidade carbónica e sem pobreza extrema”.
“Os jovens precisam de acreditar, acreditar numa África com um futuro diferente”, foram com estas palavras que o Primeiro Ministro e Chefe do Governo cabo-verdiano terminou o seu discurso na abertura do Fórum Anual da Juventude da África Ocidental e do Sahel, que iniciou hoje e termina no sábado, em Mindelo, ilha de S. Vicente.
“A África é o continente com a população mais jovem do mundo, uma população em crescimento, mas com uma situação da generalidade dos países, difícil, particularmente os da CEDEAO”, começou por disse Ulisses Correia e Silva, acreditando na possibilidade de mudança. “Mudanças na base de um compromisso inter-geracional de longo prazo, na perspetiva dos objetivos da Agenda 2030 e da Agenda 2063”, declarou.
Compromisso, que segundo diz, das gerações atuais com as gerações futuras para a realização de mudanças estruturais. “Compromissos a vários níveis: através da mudança de paradigma relativamente à riqueza, com mais e melhor setor privado, com democracia, boa governança, estabilidade, respeito pelos direitos humanos, promoção da igualdade e equidade de género, prevenção e combate à corrupção”, frisou. E com a aposta decisiva, consistente e eficaz no capital humano: “na educação de qualidade para todos; saúde para todos; com a redução da pobreza absoluta e erradicação da pobreza extrema”.
De acordo com Ulisses Correia e Silva, “são as mulheres e os homens com educação e saúde de qualidade, vivendo em ambiente de paz e de liberdade”, mas também “é o jovem vivendo em ambiente que o incentiva ao conhecimento, à inovação, ao empreendedorismo e ao trabalho, que fazem as transformações acontecerem, criam riqueza pelo trabalho, pelo conhecimento, pela inovação, pelo domínio da tecnologia”.
“Só precisam de condições favoráveis para isso acontecer a nível político, económico e social”, defende.
Conforme disse ainda na sua intervenção, não são os recursos naturais, minerais ou mesmo financeiros que fazem a diferença. “Os jovens é que fazem a diferença. Porque que um dia vão gerir e governar os recursos”.
“Por isso”, adiantou, “as atuais gerações de líderes a nível africano e mundial têm a responsabilidade de facultar aos jovens um futuro de paz, de segurança, de neutralidade carbónica e sem pobreza extrema”.
“Nós temos confiança nos jovens africanos”, rematou, concluindo que “os jovens precisam de acreditar, acreditar numa África com um futuro diferente”, para melhor.