Com vista a uma boa governança do sector das pescas, Cabo Verde tem integrado importantes acordos internacionais de recolha e partilha de dados. Com a apresentação dos resultados do V recenseamento do sector das pescas, realizada pelo Instituto do Mar I.P., em parceria com o Instituto Nacional de Estatística - INECV, dá-se mais um passo para a transparência na governança que se almeja para o sector das pescas em Cabo Verde.
Com vista a uma boa governança do sector das pescas, Cabo Verde tem integrado importantes acordos internacionais de recolha e partilha de dados. Com a apresentação dos resultados do V recenseamento do sector das pescas, realizada pelo Instituto do Mar I.P., em parceria com o Instituto Nacional de Estatística – INECV, dá-se mais um passo para a transparência na governança que se almeja para o sector das pescas em Cabo Verde.
O Ministro do Mar, Abraão Vicente, que presidiu o evento, reiterou a importância do censo realizado, um instrumento que permitirá aos Governos tomarem decisões mais acertadas na construção de políticas para o desenvolvimento da economia marítima, balizadas também com a urgência internacional que toca ao impacto da alteração climática no volume do pescado disponível, e permite, de certa forma, uma gestão mais focalizada a nível municipal.
Neste ponto, desafiou os municípios a também terem uma política municipal ligada às orlas marítimas, às pescas e à dotação e implementação orçamental para um maior empoderamento do setor do mar e das pescas, neste caso muito específico.
Alertou para a necessária planificação do nosso grande oceano, não apenas a zona económica especial de Cabo Verde, sublinhando que o oceano precisa ser planificado tal como planificamos a terra.
E Cabo Verde, “sendo um país com 99.3% de mar, significa que o desafio de planear o mar é tão premente e tão urgente como a que temos de dedicar os últimos anos, desde a nossa Independência, a planificar o modo como nós construímos as cidades”, afirmou o governante, para quem a planificação só é possível a partir dos dados concretos e fiáveis do sector.
Pois, do diagnóstico que tem sido feito, assegurou, nota-se que o setor do mar tem alguma carência de números e dados consolidados necessários para se construir o projeto do futuro ligado a todos os subsetores da do ecossistema ligado ao mar.
“Não há economia azul sem dados e não há como avaliar a evolução da economia azul, da economia marítima e da própria preservação dos oceanos, da qualidade e da quantidade de recursos disponíveis nos nossos mares, não havendo dados. Os dados de hoje são apenas o ponto de partida para Cabo Verde que nós queremos no futuro”, finalizou o Ministro do Mar.
O V Recenseamento Geral das Pescas contou com financiamento do Banco Mundial.