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Operação African Nemo 23.1: Cabo Verde sem atividade de pesca ilegal ou outra prática ilícita nas Zonas Económicas Exclusivas

Não foi detetada nenhuma atividade de pesca ilegal nos mares de Cabo Verde ou ameaças que condicionam a segurança marítima cabo-verdiana ou outro tipo de prática ilícita, em particular a Pesca Ilegal, Não Declarada e Não Regulamentada (INN), durante o período em que decorreram as operações de fiscalização aérea e marítima de pesca intitulada “operação African Nemo 23.1, anunciou hoje a Inspetora-geral da Direção das Pescas.

Não foi detetada nenhuma atividade de pesca ilegal nos mares de Cabo Verde ou ameaças que condicionam a segurança marítima cabo-verdiana ou outro tipo de prática ilícita, em particular a Pesca Ilegal, Não Declarada e Não Regulamentada (INN), durante o período em que decorreram as operações de fiscalização aérea e marítima de pesca intitulada “operação African Nemo 23.1, anunciou hoje a Inspetora-geral da Direção das Pescas.

Maysa Rocheteau deu esta garantia à imprensa, logo após a apresentação dos resultados da operação de fiscalização marítima e aérea das ZEE – Zonas Económicas Exclusivas de Cabo Verde, realizada juntamente com o Senegal e a Gâmbia, organizada e financiada pela Agência Europeia de Controlo de Pesca (EFCA), em colaboração com a Comissão Sub-Regional de Pescas (CSRP), e que decorreu de 6 a 17 de fevereiro em Cabo Verde.

A inspetora da Direção das Pescas garantiu que, para além desta operação African Nemo 23.1, Cabo Verde tem feito sempre o patrulhamento das suas ZEE e sempre a participar em operações conjuntas de fiscalização, realizadas com frequência e regularidade.

Esta é uma situação que, também, se assemelha a muitas outras, porque, segundo Maysa Rocheteau, esta operação de fiscalização é apenas mais uma de tantas outras feitas já realizadas repetidamente, através de patrulha conjunta, mas nunca foi encontrada nenhuma prática de pesca ilegal ou outra atividade ilícita durante todas as operações que têm sido feitas aqui em Cabo Verde.

“Muitas vezes há essa informação e nós ouvimos aqui frequentemente a dizer que nos mares de Cabo Verde há muita pesca ilegal. Eu não quero desmentir ninguém. O apelo que faço às pessoas que afirmam com tanta certeza que existe pesca ilegal, que nos deem as informações. Não me canso de repetir. Todas as operações, eu já estou na Inspeção das Pescas há quatro anos e meio e, com os meus antecessores também, nunca foi detetado nenhum ato de pesca ilegal”, disse.

A Operação African Nemo 23.1 foi muito bem conseguida e está inserida numa outra ainda maior coordenada pela marinha francesa denominada GRAND AFRICAN  NEMO, cujo objetivo  é  melhorar a capacidade dos países do Golfo da Guiné no combate a práticas ilícitas na região.

Nesta operação, coordenada desde o Centro de Operações de Segurança Marítima (COSMAR), na cidade da Praia, foram utilizadas duas aeronaves, uma da marinha francesa e uma da Agência Europeia de Controlo da Pesca, o que segundo Maysa Rocheteau, a escolha deste Centro em Cabo Verde é motivo de orgulho porque é um reconhecimento das capacidades e das potencialidades que existem para o controlo da atividade marítima destas regiões.

“Nós tínhamos os aviões a patrulhar diariamente a fazer voos rasantes e, ao mesmo tempo que ia fazendo voos, recolhia imagens e vídeos que depois eram encaminhados em tempo real para o COSMAR. E havia uma equipa reunida todos os dias com o pessoal da EFCA e da CSRP, da Guarda Costeira e da Direção das Pesas que permitiram fazer a análise mais detalhada de toda a operação que estava a decorrer nas nossas águas para avaliar se havia alguma prática ilícita na nossa região, particularmente em Cabo Verde, assegurou.

Maysa Rocheteau apelou ainda ao Governo e ao Estado de Cabo Verde para a necessidade de dotar ao país de todas as capacidades navais e de aeronaves ou outros meios para que o país possa fazer este controlo e garantir a segurança marítima dos nossos mares porque “o mar é nosso maior território”.