Na audição desta sexta-feira com o Ministro das Finanças, Olavo Correia, o Movimento para a Democracia (MpD), o partido que sustenta o Governo, apontou como aspeto mais importante a se considerar no Orçamento de Estado para 2018, o crescimento económico.
“Apesar de ter sido registado um crescimento muito superior aos anos anteriores, nomeadamente agora o país registou um crescimento 4%, nós dissemos ao Ministro das Finanças que consideramos que é importante aumentar ainda mais este crescimento”, referiu o Secretário Geral, Miguel Monteiro que, ainda, salientou que esse aumento só poderá ser conseguido pela via da melhoria do ambiente de negócio.
Neste aspeto, o MpD define dois pilares fundamentais, sendo o primeiro a melhoria na máquina pública para que a administração seja mais eficiente e eficaz. A segunda refere-se a mecanismos de apoio ao financiamento da economia. “A questão do financiamento à economia e os vários instrumentos que já foram aprovados pelo Governo, a questão da pró-empresa, da startup das empresas, a internacionalização empresarial, a questão das incubadoras das empresas que, neste orçamento devem ter, efetivamente, meios para funcionar”, enumerou.
O MpD lembra ainda ao Governo que o setor privado vai precisar de ter meios para catapultar a economia e os rendimentos para que o país possa, efetivamente, atingir os valores e as metas preconizadas a nível do emprego, como também, ao nível do rendimento “que este Governo já disse querer duplicar ao nível da década”.
O MpD está certo que o OE de 2018 vai dar ao Governo recursos para responder a determinadas questões e desafios que se colocam ao país, mais concretamente na criação de emprego.
“Este é o primeiro verdadeiro Orçamento desta legislatura, e não é à toa que é neste orçamento que o Ministério está a ouvir todas estas entidades, pela primeira vez. Já houve outros dois orçamentos, mas todos sabemos como é que foram feitos, em cerca de oito meses e, naturalmente, que isso não permitiu que as opções do Governo fizessem, efetivamente, finca-pé nos resultados que pensamos atingir”.
Miguel Monteiro está confiante de que o Orçamento de 2018 vai trazer mecanismos concretos, situações bem identificadas aos níveis do financiamento, da unificação do mercado cabo-verdiano, mecanismos para os privados acederem e conseguirem ter financiamentos e condições benéficas e reais para investir.
O Ministro das Finanças concordou com a abordagem do partido e mostrou abertura para analisar a questão da melhoria de funcionamento dos partidos políticos como forma de aprofundamento e melhoria do quadro democrático. Teria que se ver a proposta o, seu devido impacto e o espaço orçamental para o efeito.
