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OE2018: MORABI quer um Orçamento empoderador da mulher

A MORABI quer que o Orçamento de Estado -OE de 2018 dê sinais claros no sentido do empoderamento económico e social da mulher cabo-verdiana. Esta foi a principal preocupação que a presidente da Associação Cabo-verdiana de Autopromoção da Mulher- MORABI, Eveline Figueiredo, levou esta manhã, à audição com o Ministro das Finanças, Olavo Correio.

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A formação para empregabilidade, as mudanças do setor informal para o formal, mas sobretudo a criação de condições para as mulheres fazerem crescer os seus negócios são necessidades urgentes da sociedade cabo-verdiana e que precisam do ponto de vista da MORABI, de incentivos concretos no próximo OE. Pelo que a presidente da associação, Eveline Figueiredo, pediu uma atenção especial ao microcrédito. Isto, lembrando que são, em muitos casos, chefes de famílias, e em situações inúmeras, monoparentais. Pelo que pediu atenção especial ao meio circundante das mulheres desfavorecidas do país, nomeadamente quanto à segurança social.

“É preciso trabalhar e construir comunitariamente com as familiais para a elevação dos valores”, defendeu Eveline Figueiredo, lembrando as grandes necessidades habitacionais do país, tanto ao nível de reabilitações como da própria construção. “É algo que necessita de um grande trabalho”, sublinhou. 

A prevenção da Violência Baseada no Género – VBG – apoio às vitimas, a própria sensibilização dos agressores bem como a saúde sexual reprodutiva foram outras preocupações levadas ao Ministro das Finanças e que a MORABI gostaria de ver acautelados no OE2018. Pediu igualmente meios para as ONG´s, através de contratos-programa, realçando que “estão no terreno e conhecem a realidade” para que as famílias desfavorecidas do país prosperem e saiam das teias da pobreza.

Por seu turno, o Ministro das Finanças, Olavo Correia, agradeceu o grande contributo que a MORABI tem dado no combate à pobreza e exclusão social. O Governante sublinhou que o empoderamento das famílias cabo-verdianos pela via da criação de rendimento próprio é a missão-base deste Governo. Pelo que anunciou as medidas encetadas, nomeadamente na promoção de melhores condições de acesso ao microcrédito, como a linha de crédito comparticipada em 50% dos juros pelo Estado, bem como o apoio ao reforço institucional das instituições de microcrédito. Apontou igualmente abertura do Governo em apoiar a criação de estruturas de microcrédito mais organizadas como um banco social.