O Primeiro-Ministro, José Maria Neves presidiu, nesta terça-feira, a inauguração das obras concluídas da requalificação da bacia hidrográfica de Ribeira da Torre, tendo sublinhado a importância destas intervenções nas ribeiras do país para a potencialização da actividade agro-pecuária, em particular naquela região, e tendo anunciado novos estudos para futuras requalificações, sendo que a próxima fase deste processo deverá contemplar as vias de acesso às ribeiras do país, sendo exemplo a requalificação da ribeira ora inaugurada.
José Maria Neves sublinha o sentimento de dever cumprido com a inauguração de uma obra de tal envergadura, sendo que esta obra que ora se inaugura traz-lhe “particular satisfação” pelo impacto que se adivinha e que já está a ter no desenvolvimento da actividade agro-pecuária naquela região.
Sobretudo, trata-se de uma realização que promove o desenvolvimento integrado daquela ribeira com a criação de oportunidades de emprego e de negócios aumento do rendimento das famílias no meio rural, particularmente naquela região.
Este é mais um exemplo do esforço que sucessivos governos liderados por José Maria Neves têm feito no desenvolvimento do mundo rural. No caso de Ribeira da Torre, trata-se de uma requalificação que poderá servir de modelo para futuras intervenções nas ribeiras do país, contemplando também estradas de acesso como aquela que hoje liga aquela ribeira a Povoação. As próximas intervenções nessas ribeiras, diz Neves, contemplará estradas de acesso como é o caso de Ribeira da Torre, sendo que neste momento decorrem estudos para a requalificação de mais ribeiras espalhadas pelo país.
Um investimento orçado em torno de 243 mil contos, esta requalificação da referida bacia preconiza o desenvolvimento sustentado daquela região com várias intervenções que incluem infra-estruturas de retenção de água, nomeadamente 10 diques de contenção, 16 diques de correcção torrencial, sete reservatórios, construção de 540 metros lineares de murro, bem como oito quilómetros de rede de adução e intervenções de correcção torrencial que diminua o caudal de água que normalmente perde-se para o mar.
A expectativa é que seja mobilizada água suficiente para irrigar cerca de 35 hectares de terreno, beneficiando 140 famílias. Estas obras estão enquadradas num projecto mais amplo de requalificação desta e da ribeira de Alto-Mira e de Ribeira da Prata (esta última em São Nicolau), com um orçamento global a rondar os 600 mil contos.
E jeito de balanço, no ano em que comemora-se os 40 anos da Independência do país, Neves recorda o forte investimento feito em Santo Antão desde 2001 a esta parte em estradas, nomeadamente o nó rodoviário que liga Porto Novo a Janela, o liceu de Coculi ou a primeira barragem de Santo Antão em Canto Cagarra e ainda o novo Porto da cidade de Porto Novo entre outros.
Neves recorda ainda as obras da central única da ilha e que deverá ser inaugurada nos próximos meses.
