Conforme a Delegada de Saúde da Praia, Ulardina Furtado, enquanto porta-voz deste encontro, o objetivo é o de analisar e refletir sobre atividades que estão a ser feitas e a serem desenvolvidas, no âmbito de melhoria do Plano Estratégico Nacional para a saúde mental, bem como a organização das equipas, multidisciplinares, distribuídas por concelhos para desenvolvimento de novas ações nível da saúde mental que devem ser tomadas localmente para a melhoria da situação atual.
A Direção Nacional Saúde (DNS), realizou, na tarde desta quarta-feira, 12 de abril, um encontro de trabalho com os representantes dos Centros e Delegacias de Saúde, e com os psicólogos dos Centros de Saúde da Região Sanitária de Santiago Norte e do Município da Praia, bem como com o coordenador do Programa da Saúde Mental.
Conforme a Delegada de Saúde da Praia, Ulardina Furtado, enquanto porta-voz deste encontro, o objetivo é o de analisar e refletir sobre atividades que estão a ser feitas e a serem desenvolvidas, no âmbito de melhoria do Plano Estratégico Nacional para a saúde mental, bem como a organização das equipas, multidisciplinares, distribuídas por concelhos para desenvolvimento de novas ações nível da saúde mental que devem ser tomadas localmente para a melhoria da situação atual.
Segundo Ulardina Furtado, o tema saúde mental é uma “preocupação a nível nacional”, pois “está a olhos vistos que temos pacientes doentes mentais na rua descompensados, temos problemas com a questão do acesso desses doentes às estruturas de saúde, a comunicação entre as estruturas de saúde para o atendimento desses doentes, o seguimento e o controlo, então há essa necessidade de reflexão que estamos a fazer”, realçou.
O melhor meio para aprimorar às respostas, no âmbito de atendimento e à segurança dos pacientes e os familiares, sublinha, centraliza-se na melhoria da comunicação entre as estruturas, aproximar os outros parceiros que têm intervenção na matéria e garantir o acompanhamento desses doentes o mais próximo possível, juntamente com a família, que, no seu entender, é um “pilar importante” e deve participar em todo o processo.
“A família que leva a pessoa afetada às estruturas de saúde, mas depois chega um certo ponto que, por falta de comunicação, acaba por se desmoralizar e perder a confiança e desistir do seu familiar e eles ficam à mercê da sociedade. Estando na rua são pessoas vulneráveis que acabam por estar expostas a substâncias psicoativas, a agressões, fome, sede e trazem outros problemas de saúde”, apontou.
Ulardina Furtado aproveitou, ainda, para relembrar que os passos, no domínio da saúde mental já estão a ser feitos, salientando a existência de protocolos e programa que dão orientações às delegacias de saúde e a todas as outras estruturas e equipas multidisciplinares. Ainda assim, frisou, há a necessidade de mais reforços com às ações de capacitação de especialistas e na promoção de um maior engajamento de população sobre o tema da saúde mental.
“Nós estamos a falar de saúde mental, e estamos a pensar em doença mental. Portanto, é necessário fazer, a prevenção da saúde mental a nível das crianças e dos adolescentes, dos idosos, dos grupos mais vulneráveis, toda uma intervenção de modo holístico para que haja respostas”, incluindo também, a necessidade da promoção da reinserção social dos pacientes que estiveram descompensados.