José Maria Neves considera a iniciativa "ímpar", pois, o seu Governo vem ao Parlamento abrir-se à confrontação de factos para o esclarecimento da nação cabo-verdiana. "Quisemos envolver todos os actores políticos, a sociedade civil, os cidadãos cabo-verdianos, porque esta questão diz respeito a todos", afirmou o Primeiro Ministro, para quem, num Estado de direito democrático como Cabo Verde não basta veicular rumores, levantar suspeições, manipular factos e repeti-los até à exaustão para que se tornem verdades.
O chefe do Governo defende que é preciso apresentar factos concretos e agir em consequência, isto é, junto das instâncias competentes, com todas as consequências que daí decorrem. Diz esperar dos actores políticos uma atitude responsável para que a classe política se credibilize, acompanhando a notória credibilidade de que o país dispõe. "É assim que se deve comportar quando estamos movidos pela defesa dos interesses do país", sublinhou.
Entretanto, para o Primeiro Ministro não é o que se tem assistido por parte do principal partido da oposição " que se vem desdobrando numa campanha estéril para manchar o bom nome da governação e a imagem externa do país, socorrendo-se de expedientes sem substância e sem consistência, em lançar uma cortina de suspeição sem que nada de concreto apresente".
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