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“O financiamento para o setor da cultura deve ser um debate colocado também unilateralmente para que os países compreendam que investir na cultura é investir no desenvolvimento dos seus povos” – MCIC Abraão Vicente

As estimativas mundiais apontam que 30 milhões de pessoas trabalham nas indústrias culturais e criativas e que este mesmo setor contribui em cerca de 2,250 bilhões USD no PIB mundial (anualmente). Dados apresentados durante o workshop sobre a Convenção da UNESCO (2005) sobre aProteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais que arrancou na cidade da Praia na manhã desta segunda-feira, 11 de julho.

As estimativas mundiais apontam que 30 milhões de pessoas trabalham nas indústrias culturais e criativas e que este mesmo setor contribui em cerca de 2,250 bilhões USD no PIB mundial (anualmente). Dados apresentados durante o workshop sobre a Convenção da UNESCO (2005) sobre aProteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais que arrancou na cidade da Praia na manhã desta segunda-feira, 11 de julho.

Esta convenção foi ratificada por Cabo Verde em 2021, uma altura em que o país e o mundo ainda estavam a ressentir os grandes impactos económicos provocados pela pandemia da Covid-19, e que teve efeitos no setor da cultura e das indústrias criativas a nível global, a que Cabo Verde também não ficou de fora. Hoje, os impactos voltam a ser sentidos, em todos os níveis, devido à guerra na Ucrânia.

Durante a abertura do workshop, a cargo do Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, enquanto presidente da Comissão Nacional de Cabo Verde para a Unesco, este lançou, mais uma vez, o apelo aos organismos mundiais responsáveis pelo setor da cultura e indústrias criativas tenham em foco a necessidade de se operar a vários níveis.

“O financiamento para o setor da cultura deve ser um debate colocado também unilateralmente para que os países compreendam que investir na cultura é investir no desenvolvimento dos seus povos. Um povo que tenha acesso à educação e à cultura, que tenha acesso à sua identidade de uma maneira sistematizada e com uma narrativa que seja coerente e não populista, é um povo que se afirma de uma forma extraordinariamente visível no âmbito das nações”.

Enquanto o único acordo internacional que vincula os Estados Partes (151 signatários) à integração da cultura nas suas políticas de desenvolvimento, a Convenção de 2005 está a trabalhar ativamente para a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Este workshop de 4 dias é destinado a instituições governamentais, bem como a academia e organizações da sociedade civil e tem por objetivo proporcionar aos participantes uma visão geral dos objetivos, temas e conceitos-chave da Convenção, sobre os desafios atuais, dar a conhecer os instrumentos e mecanismos ao abrigo da convenção, bem como, sensibilizar os intervenientes os seus princípios orientadores e as suas principais linhas de ação.